Redação*
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, descreveu a iminência do colapso da mina 18, localizada no bairro do Mutange, provocado pela Braskem, como “a maior tragédia urbana no mundo, em curso”. Durante entrevista à CNN nesta manhã de sexta-feira (01), JHC disse que a Prefeitura evita cravar horários para a ocorrência com o intuito de amenizar a ansiedade da população.
O prefeito afirmou ainda que avalia, junto com o deputado Arthur Lira, solicitar ao Governo Federal a elaboração de uma Medida Provisória para a recuperação da zona atingida. “Com Arthur Lira, discutimos algumas possibilidades e uma delas é a de que o Governo Federal pudesse editar uma MP, assim como fez em 2010. E Maceió está precisando desse apoio. Temos 40 mil pessoas no cadastro habitacional e um déficit habitacional altíssimo, que, agora, está mais pressionado com estes fenômenos que estão acontecendo por aqui”, destacou João Henrique Caldas.
A sugestão dele a Arthur Lira se assemelha à abordagem adotada pelo então presidente Lula, em 2010, para reconstrução de 21 municípios alagoanos devastados por enchentes de grande magnitude. Naquela ocasião, a Medida Provisória promulgada possibilitou a instauração do ‘Programa da Reconstrução’, que revitalizou boa parte das localidades destruídas.
Na manhã de hoje (01), o afundamento registrado era de 5 centímetros por hora, mas essa medida pode variar ao longo do dia. “Todo o plano de contingência está funcionando, os protocolos estão sendo seguidos rigorosamente pela Defesa Civil de Maceió, que já se comunicou com todas as autoridades pertinentes. Claro que nós nos preparamos para a pior situação possível, mas torcemos que ela seja de uma maneira mais branda”, informou o prefeito.
/Agências