Redação*
Além de Maceió, a Braskem tem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) para estudar a extração de sal-gema em mais duas cidades da Região Metropolitana: Paripueira e Barra de Santo Antônio, ambas no início do litoral norte alagoano.
Ao todo, a petroquímica tem sete licenças de pesquisas vigentes em Alagoas. Isso levanta a tese de que a empresa, apesar de toda a problemática de Maceió e a suspensão da extração, continua com seus planos sobre a sal-gema existente no território local.
O detalhe é que todas as recentes permissões já foram concedidas após se saber dos problemas causados na capital. No caso, a Braskem solicitou em 2019 e recebeu a homologação em 2020.
As áreas pesquisadas pela mineradora são maiores do que as da lavra que levou ao afundamento em Maceió, que era de quase 1,9 mil hectares, o que equivale a quase 19 km². Os pedidos somados atingem uma área de 13,7 mil hectares, ou 137 km².
À imprensa, a Braskem confirmou que “possui autorização de pesquisa de jazidas de sal expedidas pela Agência Nacional de Mineração, todas localizadas fora de perímetros urbanos”, mas que seu foco está exclusivamente em continuar as ações de reparações pela desocupação dos imóveis.
A ANM, por sua vez, apontou que “todas as autorizações de pesquisa em nome da Braskem foram expedidas dentro dos requisitos legais”. Foi dito que o rastreamento tem intuito de identificar uma possível reserva mineral, mas que qualquer avaliação a respeito da viabilidade da lavra se dá posteriormente.
*com Agências