A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Braskem no Senado conseguiu as indicações mínimas para ser instalada na próxima semana. Ao todo, 7 senadores foram indicados para serem titulares, o que significa maioria para funcionar. A comissão tem 11 vagas permanentes. Na semana que vem, vai se reunir para definir o presidente e o relator.
A expectativa é que a sessão seja realizada na 3ª (12.dez) ou 4ª feira (13.dez). A programação montada estabelece que, depois da escolha do presidente e do relator, será apresentado o grupo de trabalho. As primeiras sessões formais ficarão para 2024, depois do recesso parlamentar.
Eis a lista de senadores já indicados como titulares:
- Renan Calheiros (MDB-AL);
- Omar Aziz (PSD-AM);
- Efraim Filho (União Brasil-PB);
- Wellington Fagundes (PL-MT);
- Eduardo Gomes (PL-TO);
- Jorge Kajuru (PSB-GO);
- Cid Gomes (PDT-CE).
Eis a lista de senadores suplentes já indicados:
- Fernando Farias (MDB-AL);
- Magno Malta (PL-ES);
- Leila Barros (PDT-DF);
- Jayme Campos (União Brasil-MT);
- Cleitinho (Republicanos-MG).
A comissão é articulada por Renan Calheiros e tem o objetivo de investigar a Braskem, empresa responsável por minas de extração de sal-gema que ameaçam desabar em Maceió. Há resistências dentro do Congresso à CPI, e por isso houve demora para a indicação dos nomes. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), leu em 24 de outubro o requerimento para instaurar a CPI.
Uma das resistências é a do PT, especificamente do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). O PP, do alagoano e presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é outro partido que ainda não indicou nomes. Há uma avaliação de que a CPI pode ampliar a crise envolvendo a Braskem.
A Petrobras, controlada pelo governo, tem cerca de 35% de participação na Braskem. As investigações da CPI podem respingar na estatal. A oposição no Senado poderá aproveitar para convocar políticos de casos relacionados à corrupção alvos da Operação Lava Jato, por exemplo.
/Poder360