Redação*
Análise feita com amostras retiradas da Lagoas Mundaú após o rompimento de parte da mina 18 da Braskem indicam que não houve alteração significativa na qualidade da água. O resultado da pesquisa foi apresentado em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (18) por pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e do Instituto do Meio Ambiente (IMA).
Foram comparadas amostras coletadas antes do colapso da mina. Os testes laboratoriais não revelaram aumento nos níveis de sódio, cálcio, magnésio e outros elementos que poderiam afetar o ecossistema da lagoa.
“Nessas análises que nós fizemos, nenhum desses compostos que nós encontramos, inclusive na mancha, apresentou índice elevado em relação ao que a gente já tinha de histórico”, explicou o coordenador do projeto Laguna Viva, professor Emerson Soares.
A mancha mencionada pelo professor, corresponde à região exata afetada pelo rompimento, que ficou com água turva. Os resultados revelaram que a única mudança ocorreu na amostra retirada dessa área, indicando uma alteração nos níveis de turbidez, isto é, na transparência da água.
Apesar da notícia, os pesquisadores enfatizam que é necessário continuar monitorando a área, “a gente comprova com esses resultados atuais [que não houve alteração], mas, repito, são dados momentâneos, que a gente precisa estar monitorando, mas até agora não teve influência”, disse o professor.
Na mesma coletiva, o IMA reforçou que a lagoa tem um histórico de poluição e que as variações de salinidade encontradas nos últimos resultados chegam a ser menores que as encontradas em análises anteriores.
A região continua interditada por tempo indeterminado no raio de 1km do local onde a mina está localizada. Impedindo a pesca, os passeios de lanchas, catamarãs e motos aquáticas na região.
/Com informações do G1