Redação*
Durante audiência pública virtual realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nessa quinta-feira (25), a cantora e compositora Marisa Monte pediu ao tribunal que aprove uma regra que permita aos artistas vetar a utilização de suas obras como paródias e jingles eleitorais nas eleições deste ano.
Marisa frisou que o uso do material artístico pode gerar associações desnecessárias entre personalidades, ideologias e candidatos, o que chamou de “clara violação moral para os autores”. E completou dizendo que o uso de obras com finalidade eleitoral é “tortura moral, psicológica”.
“Isso pode gerar potencialmente uma série de associações bizarras entre personalidades, ideologias, entre partidos, candidatos, numa clara violação moral para os autores […] Não tem como dissociar um direito do uso da minha criação da minha pessoa. Eu, por exemplo, poderia passar por uma situação de um candidato que eu não tenha a menor afinidade conceitual nem de valores, pegar uma música minha, travesti-la de paródia para que pudesse utilizar numa campanha, numa propaganda”, afirmou a cantora.
A cantora, que tem 35 anos de carreira, pontuou que, apesar de deixar claro seus valores e preferências, nunca apoiou publicamente um candidato e que a possibilidade de ter suas obras “adulteradas” é uma forma de violência.
/Com informações do O Globo