*Redação
Na tarde da última quinta-feira (22), um tornado destelhou casas na cidade de Estrela, no Agreste alagoano. O fenômeno provocou estragos em cerca de 10 residências e chamou atenção não só pela raridade, como também pela intensidade da coluna de vento.
Segundo a Semarh (Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos), a ocorrência de tornados não é comum na região. Na escala Fujita, que mede a intensidade do fenômeno, esse foi considerado de pequena proporção. O tornado recebeu classificação de “F0”, que é caracterizado por velocidades do vento inferiores a 117km/h e normalmente causam poucos danos.
A nota oficial emitida pela Semarh, assinada pelo meteorologista e superintendente de Prevenção em Desastres Naturais, Vinicius Nunes, aponta para o cisalhamento do vento e a instabilidade climática no estado de Alagoas como os motivos para a formação do tornado.
“Além do cisalhamento do vento, foi possível observar, através de imagens de satélite, um escoamento de leste com o ar mais quente e úmido e outro de sul com um ar mais frio e seco nas bordas de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) que está posicionado sobre o oceano, o que tem provocado o aumento da instabilidade sobre o estado de Alagoas, e que favoreceu a formação do tornado”, diz a nota.
Tornado é uma coluna de vento giratória que suga o ar e outros elementos sólidos da superfície em que se encontra. É muito comum o levantamento de poeira, o que forma a visão do cone da base da nuvem até o chão.
/Agência Alagoas