Redação
No programa Jornal da Manhã desta terça-feira (28), o repórter Mailson Franklin visitou, em Maceió, a casa dos pais do menino Murilo, de apenas 3 anos, que sofre com um grave problema de saúde nas pernas.
Érika Ribeiro e Leandro do Nascimento relataram que buscam atendimento para o filho há três anos, que já usaram o “Sistema Pronto”, aplicativo regulamentado pela prefeitura, mas ainda não obtiveram uma resposta efetiva para o caso.
Segundo os pais, Murilo possui caroços na perna, não sente dor e brinca normalmente, porém se preocupam com a situação do filho por não existir um diagnóstico preciso.
Devido aos atrasos, os pais da criança buscaram a Santa Casa, mas se surpreenderam com a solicitação de novos exames para o diagnóstico do filho. Leandro informou que, mesmo desempregados, ele e Érika buscaram meios de pagar uma ultrassom específica, solicitada pelo médico, em um hospital particular para agilizar o procedimento, mas que foi interrompido devido ao afastamento do médico pela aposentadoria.
“O Murilo é uma criança, e quanto mais rápido o procedimento, acreditamos que melhor seria para ele. Já fizemos tudo o que foi possível, pagamos por uma ultrassom diferenciada no valor de R$640, porque pelo SUS não conseguimos. Quando fomos entregar o exame no hospital, o médico se aposentou e disseram que teríamos que começar tudo de novo”, declarou o pai da criança.
Érica relata a dificuldade para conseguir marcar uma consulta por meio do aplicativo “Sistema Pronto” e que após a ausência do médico responsável, o hospital solicitou uma nova bateria de exames, para somente assim, prosseguir o diagnóstico e tratamento do filho.
Desde 2022, o aplicativo lançado pela Prefeitura de Maceió permite o agendamento de consultas e exames complementares via WhatsApp. A proposta visa desburocratizar o processo, ao eliminar a necessidade de deslocamento até o hospital.
O avanço tecnológico prometido, no entanto, não se mostrou tão eficiente na prática. Isso levou a transtornos para algumas famílias, como no caso do pequeno Murilo, que tem dificuldades de acesso a um atendimento ágil e eficaz.
“É muito revoltante, estamos há 3 anos tentando, queremos os resultados, pode ser alguma trombose ou varizes. Nós pagamos por uma ultrassom, algo que foi muito difícil de conseguir, mas fizemos isso para tentar adiantar o diagnóstico”, explicou a mãe.
A reportagem da Folha de Alagoas entrou em contato com a Secretaria Municipal de Maceió e aguarda posicionamento.