Redação
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem, senador Rogério Carvalho (PT-SE), garantiu que a rivalidade e a disputa entre Renan Calheiros (MDB) e Arthur Lira (PP) não vão afetar o trabalho de investigação.
“Vamos manter equidistância de ambos os lados. O objeto nem são interesses de Lira, nem são os interesses de Renan Calheiros. Os interesses que precisam ser preservados são do povo de Alagoas, de Maceió, do Brasil”, disse ele, nesta segunda-feira (4), ao programa Brasil Agora.
“Da sociedade brasileira, que se sente atacada e violentada pela ganância de empresas que exploram, além do limite permitido, fora da lei, determinadas riquezas. Esse é o foco. O resto é conversa pra boi dormir”, completou.
De acordo com o parlamentar, o trabalho inicial se dará em partes. A primeira etapa envolve caracterizar o problema por meio de conversas com professores, o técnico que assinou laudo falando da mina 18 da Braskem e o diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Sousa.
Já na segunda, a CPI vai atrás dos responsáveis. “Quem deu causa? Quais são as responsabilidades? Qual foi a negligência, a conivência? Quem mandou, determinou que continuassem a fazer a exploração da mina de sal-gema e por quê?”, explicou Carvalho.
“Já a terceira etapa será sobre os acordos feitos para reduzir o dano ou evitar que ele se alastre. “Vamos encontrar as respostas e apresentar caminhos para que tragédias ou calamidades como essas, como de Brumadinho, Mariana e de sal-gema em Maceió, não se repitam. Por que essas cavidades foram abertas e, depois de concluída a exploração, não foram fechadas?”, finalizou Rogério.