Redação
A procuradora do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), Denise Guimarães, que proferiu comentários LGBTfóbicos ao Grupo Gay de Maceió durante áudio vazado em sessão, emitiu nota de posicionamento em relação ao episódio. Ela cita a questão da falta de contexto, bem como pede desculpas.
“A ausência de contextualização proporcionou inferência de manifestação homofóbica, a qual merece ser efetivamente reparada e repudiada, isto porque no exercício das atribuições do Ministério Público, inclusive, na condição de mulher, mãe, irmã, e, avó, jamais ofenderia, deliberadamente, qualquer ser humano, em especial os semelhantes integrantes de comunidade LGBTQI +, ou demais outros grupos minoritários em situação de vulnerabilidade”, diz ela.
“Assim, destaco com veemência, apesar de não ser esta a natureza do diálogo descontextualizado, externo as minhas sinceras escusas, a quem porventura, tenha se sentido ofendido”, segue a procuradora.
“A referência bíblica transcrita, reafirmo, não contextualizada, representa a minha crença, mas não implica qualquer desrespeito a liberdade de crença ou não dos seres humanos. Assim, reafirmo o meu compromisso, como mulher, mãe, irmã, avó, e, na condição de integrante do MPAL, de continuar promovendo a defesa dos direitos humanos, com denodo e dedicação, conduta observável nos 40 (quarenta) anos de atividade ministerial”, finaliza a nota.
Na última semana, enquanto conversa com um colega, ela criticou o então chefe do MP, Márcio Roberto, por ter cedido um automóvel ao Grupo Gay. Na sequência, falou: “Deus disse: ‘Crescei e multiplicai’. Quem disser que esse tais LGBT multiplicam, eu calo”.
A fala foi repudiada pelo Grupo Gay, e o Ministério Público afirmou que não comunga com nenhum tipo de ação discriminatória praticada por qualquer um dos seus membros e servidores.