*Redação
Na última sexta-feira (12), durante durante inauguração de sede da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) em São Paulo, o presidente Lula saiu em defesa do ministro Alexandre Padilha (PT) em relação aos ataques proferidos por Arthur Lira (PP-AL) e disse que “só de teimosia, o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério”. Lira chamou o ministro de “incompetente” e disse que ele é seu desafeto pessoal.
Lula comparou o cargo ocupado por Padilha a um matrimônio. “Nos primeiros seis meses, é como um casamento, nos primeiros seis meses de casamento é tudo maravilhoso. Então, o que acontece é que chega um momento em que começa a cobrar”, disse. “Mas só de teimosia, o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério, porque não tem ninguém melhor preparado para lidar com a diversidade dentro do Congresso Nacional que o companheiro Padilha”, continuou o presidente do Brasil.
Numa relação marcada por tensão, Arthur Lira já chegou a sugerir a demissão de Padilha e atribuiu a ele a culpa por dificuldades enfrentas pelo governo na construção de uma base de apoio no Congresso. O pano de fundo do recente ocorrido é a votação em que a Câmara confirmou a prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de mandar matar a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL).
Questionado sobre a avaliação de que teria saído enfraquecido da sessão, Lira disparou: “Essa notícia hoje, que você está tentando verbalizar, porque os grandes jornais fizeram, foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, incompetente”. Em resposta, o ministro afirmou que não iria “descer a esse nível”. “Eu sou filho de uma alagoana arretada que sempre disse ‘meu filho, se um não quer, dois não brigam’. Eu aprendi a fazer política com o presidente Lula, política com civilidade”, ressaltou ele.
/com agências