O mercado de animais domésticos é uma realidade em alta. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), existiam em 2023 aproximadamente 167,6 milhões de pets no país, isso em um setor econômico que gerou R$ 46,8 bilhões no ano passado.
Em Alagoas, essa realidade não é diferente. De acordo com a Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal), a abertura de empresas relacionadas ao mercado de animais domésticos cresceu 71,34% nos últimos cinco anos.
Terceiro maior mercado em faturamento, o Brasil fica atrás somente dos Estados Unidos e da China, segundo a Abinpet. E essa bem-proporcionada evolução do setor pode explicar também os números encontrados para Alagoas.
De 2019 a 2023, as empresas de comércio varejista de animais vivos e de artigos e alimentos para animais de estimação contaram com um crescimento de 54,04% em relação às aberturas empresariais. Essa é a área com maior número de constituições no segmento nesses últimos cinco anos, com 1.297 aberturas.
Outro destaque no período é o setor de higiene e embelezamento de animais domésticos, que apresentou o maior crescimento em relação às constituições empresariais, com avanço de 177,63%.
As outras áreas que compõem a pesquisa da Junta Comercial são criação de animais de estimação, comércio atacadista de alimentos para animais e alojamento de animais domésticos.
Hoje em dia, os animais de estimação são considerados parte das famílias. Essa evolução dos tutores com seus bichinhos faz com que estes segmentos de cuidados da saúde e estética tenham bastante destaque. É o que reforça o veterinário e empresário Hugo Paes, responsável pela empresa BestPet Estética Avançada, situada em Maceió e que contou com registro em novembro de 2022.
“Os tutores atualmente gastam mais e investem mais no cuidado desses animais. Hoje em dia, existe até plano de saúde para pets. A medicina veterinária também está crescendo muito com equipamentos caros para poder cuidar e salvar vidas desses pets”, reflete.
O empresário que também é dono do canil Mina da Mata ressalta que o período da pandemia do Covid-19 e o pós-pandemia foram essenciais para o crescimento desses setores da economia.
“No quesito de venda de animais, para mim, no Brasil todo foi a melhor época para as pessoas que criam animais. Era uma lista de espera de 15 a 20 pessoas para comprar um cachorro, por exemplo. Acho que, com as pessoas ficando muito mais em casa, elas queriam uma companhia, então as vendas aumentaram muito. Hoje eu vejo já uma normalização disso”, pontua.
Como divulga a Juceal, atualmente no estado existem 2.265 empresas com registro ativo que possuem atividades voltadas para os pets como sendo a sua principal. Os maiores números são encontrados para Maceió, com 1.017 negócios – 44,9% do total -; Arapiraca, com 208; Rio Largo, com 87; e Marechal Deodoro, com 72.
Para o presidente da Juceal, Ricardo Dória, a Junta Comercial é essencial para uma verificação dos potenciais econômicos do estado, mesmo em atividades mais nichadas como o mercado para pets.
“É importante esse trabalho de agilidade para o registro, onde possuímos um dos menores do país, mas também esse trabalho de análise de dados. Alagoas possui um potencial econômico muito diverso e, como entidade de registro empresarial, temos produzido estudos que destacam boas práticas de mercado. Além de ser a porta de entrada para novas empresas, a Juceal pode ser essa ponte para o desenvolvimento econômico”, evidencia.
A Junta Comercial é a autarquia responsável pelos processos de abertura, alteração e baixa de empresas no estado e administradora da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) em Alagoas.
/Ascom Juceal