O Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, realizou de forma inédita, a captação do primeiro órgão para transplante. O procedimento ocorreu no último sábado (4) depois que um paciente internado na unidade hospitalar teve a morte encefálica confirmada, levando a família a autorizar a doação do fígado.
A partir de agora, o HEA passa a integrar o rol de hospitais alagoanos que realiza a captação de órgãos para transplantes. Para isso, a equipe multidisciplinar da unidade cumpriu diversas exigências do Ministério da Saúde (MS).
De acordo com a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da unidade hospitalar, a enfermeira Joelma Araújo, durante este tempo, houve muito empenho de toda a equipe e conscientização da população.
As identidades do doador do órgão captado, bem como do receptor, serão mantidas em sigilo, conforme prevê o artigo 52 do Decreto nº 9.195/97, que regulamenta a Lei nº 9.434/97, conhecida como Lei dos Transplantes. “Ela prevê que, neste caso, temos que manter o sigilo, com a finalidade de proteger ambas as partes do ponto de vista ético, jurídico e emocional, uma vez que a doação de órgãos é um ato voluntário e altruísta”, frisou.
A coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, enfatizou que todos os atores da saúde pública do estado expressam imensa gratidão e alegria com o empenho do HEA na sua primeira captação para doação de órgãos. Daniela aponta que se trata de um passo significativo para ampliar a rede de apoio a pacientes que aguardam por transplantes de órgãos no Estado.
“A atuação conjunta da OPO [Organização de Procura de Órgãos] e da CIHDOTT do HEA foi fundamental para a realização desse feito. A expertise e o profissionalismo da nossa equipe de captação de órgãos, que se deslocou até o hospital, garantiram que todo o processo ocorresse com a máxima eficiência e respeito à vontade da família doadora”, afirmou.
/Redação com Ascom HEA