Redação
Chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a ação movida pelo deputado federal Arthur Lira (PP) contra seu maior rival político em Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB), pelos supostos crimes de calúnia, difamação e injúria. O relator ainda não foi definido.
A Suprema Corte vai analisar mais um embate judicial entre as maiores lideranças políticas de Alagoas. Isso ocorre após a 1ª Vara Criminal de Brasília declinar, em abril, da competência de analisar as acusações, já que Calheiros é do Senado, logo deve ser julgado pelo STF.
Na queixa-crime apresentada à Vara Criminal de Brasília, os advogados do presidente da Câmara dos Deputados argumentam que a honra de Arthur Lira foi ferida durante uma entrevista de Calheiros ao Uol.
O episódio aconteceu em julho de 2022. À ocasião, o senador alegou que Lira teria interferido em uma operação da Polícia Federal (PF) em Alagoas após, supostamente, ter tido acesso a informações secretas.
“Aconteceu uma coisa inusitada em Alagoas. Uma operação da Polícia Federal, sigilosa, que investigaria o presidente da Câmara dos Deputados e uma prefeitura importante, de Rio Largo, foi vazada (…). E o presidente da Câmara, o prefeito e seus advogados, entraram com um habeas corpus no tribunal regional para impedir a operação secreta”, acusou o senador.
Esta é apenas uma entre as três queixas-crimes protocoladas na Justiça por Lira contra Renan Calheiros; as outras duas se referem a declarações feitas no X e a acusações sobre a manipulação do Orçamento Secreto pelo presidente da Câmara.
Nas 186 páginas que compõem os autos do processo da primeira queixa-crime, os advogados de Renan Calheiros citam a rivalidade histórica entre ele e o também alagoano Arthur Lira e acrescentam reportagens nas quais estaria atestada a interferência do presidente da Câmara na Polícia Federal.
/com Agências