Como forma de pressionar o banco e mostrar para a sociedade alagoana os mal feitos que o banco Itaú vem realizando com seus funcionários e clientes, o Sindicato dos Bancários em Alagoas realizou nesta quinta-feira (13), uma paralisação parcial de 24 horas na agência 0369 – Maceió – da Rua do Sol.
A manifestação é devido ao fechamento abrupto de uma agência vizinha, onde toda demanda foi transferida para a única unidade do Centro da capital, gerando um clima de terror, situação da qual foi denunciada pelo sindicato, que procurou o Procon e cobrou uma autuação do banco.
A paralisação traz à tona uma série de questões que vêm afetando funcionários e clientes do banco. O resultado negativo tem sido filas gigantescas dentro e fora da unidade, demora interminável para atendimento nos caixas, pessoas sem ajuda no autoatendimento e desrespeito flagrante à Lei das Filas e Prioridades.
E como se não bastasse a sobrecarga e pressão em cima dos funcionários, os colegas bancários são obrigados a conviver com metas abusivas e o assédio moral. De acordo com o diretor Luciano Santos, que também é presidente da CUT-AL:
“Este ato de resistência é uma resposta do sindicato diante do comportamento abusivo do Itaú, centrado exclusivamente no lucro, sem consideração pelas pessoas que mantêm o banco funcionando: seus funcionários e clientes”.
Ainda de acordo Luciano Santos, a busca incessante por lucro não pode continuar a justificar práticas abusivas e desumanas. “É hora de o Itaú alinhar suas práticas reais com a imagem responsável que tenta passar ao público”.
Determinado a não se calar diante do caos que os colegas bancários estão sendo submetidos, o sindicato exige melhores condições de trabalho e uma solução rápida para os problemas, relatou o diretor Cláudio Gama.
“Seguimos fortes para lutar pelos direitos e pela dignidade dos funcionários e clientes que estão sendo desrespeitados pelo banco que só pensa no lucro. A pressão que os companheiros estão sofrendo é cruel. Não aceitaremos desculpas”, disse Cláudio Gama.
Metas abusivas, assédio moral e demissões
Os relatos de metas abusivas impostas aos bancários são alarmantes. Funcionários do Itaú têm sido submetidos a uma pressão extrema para atingir metas muitas vezes inalcançáveis.
Essa prática leva a um ambiente de trabalho tóxico, onde o assédio moral torna-se quase inevitável. A constante ameaça de demissões e a imposição de metas que não levam em conta a realidade contribuem para um ambiente de trabalho insustentável. Só neste ano o banco demitiu 1.861 trabalhadores.
Desrespeito com funcionários e clientes
O desrespeito do Itaú para com seus funcionários e clientes é um ponto crucial da crítica do sindicato.
Enquanto o banco investe pesado em campanhas publicitárias que promovem uma imagem de responsabilidade social e compromisso com o cliente, a realidade vivida dentro das agências é bem diferente. Funcionários relatam um tratamento desumano e clientes enfrentam dificuldades constantes para obter um atendimento digno e eficiente.
/Assessoria