Redação
Um policial civil, um motorista e um ex-assessor do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP), estão tentando resgatar os mais de R$ 3,9 milhões apreendidos pela Polícia Federal na operação que mirou suposto esquema envolvendo kits de robótica, em 2023.
Mais precisamente, o valor depositado em juízo é de R$ 3.799.840,00, além de US$ 24 mil, o que, na conversão, dá 132 mil reais. O trio entrou com o pedido de resgate dos valores no Supremo Tribunal Federal (STF), agora em 2024.
São eles: o policial civil Murilo Sérgio Jucá Nogueira Júnior, dono da maior bolada, o qual busca recuperar R$ 3,5 milhões e os US$ 24 mil, encontrados em um cofre; o motorista Wanderson Ribeiro Josino de Jesus, com R$ 150 mil, e o ex-assessor de Lira, Luciano Ferreira Cavalcante, com R$ 107 mil.
O ministro Gilmar Mendes, que é o relator, negou a devolução em decisão individual, depois de parecer contrário da Procuradoria-Geral da República (PGR). Agora, o processo será analisado em colegiado, na Segunda Turma do STF, que conta com seis ministros.
“Como condição para liberação do dinheiro, os interessados deverão ingressar com ação cível contra a União e comprovar a origem lícita do numerário”, defendeu o ministro, na análise inicial.
A investigação se debruçou sobre suspeitas de desvios em contratos para a compra de kits de robótica para escolas municipais de Alagoas, sob acusação de superfaturamento. O presidente da Câmara dos Deputados e aliados entraram na mira da PF.
O inquérito foi arquivado por Gilmar Mendes, que considerou que a apuração não poderia ter começado na primeira instância. Bens apreendidos, como automóveis e computadores, foram devolvidos. O dinheiro em espécie encontrado pela PF, no entanto, permanece sob custódia da Justiça.
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