Redação*
Foi a atuação do promotor de Justiça Antônio Vilas Boas que levou os jurados a condenarem por feminicídio, nesta quinta-feira (3), José Joabil da Silva a uma pena de 19 anos e três de prisão. Ele é réu na ação penal que vitimou Rafaela Emídio de Souza, em 16 de maio de 2022, no bairro do Vergel do Lago.
Durante o julgamento, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) pediu a condenação de José Joabil da Silva por homicídio duplamente qualificado, tendo o crime ocorrido por emprego de meio cruel e por razões da condição do sexo feminino da vítima.
De acordo com o promotor Antônio Vilas Boas, que atua na 47a Promotoria de Justiça (Tribunal do Júri), o laudo cadavérico apontou que Rafaela Emídio de Souza morreu por asfixia por esganadura, o que contrariou a versão dada pelo réu quando ele levou a ex-companheira a uma Unidade de Pronto Atendimento para ser socorrida. Aos profissionais da saúde, ele informou que a vítima teria ingerido bebida alcoólica de modo exagerado e, por isso, sofrera um mal súbito.
Durante a sustenção oral, Vilas Boas provou que, na madrugada do dia 16 de maio, os vizinhos do casal ouviram gritos de socorro vindos da casa de Rafaela, que vivia um relacionamento conturbado com José Joabil. Constam nos autos do processo, inclusive, que José Joabil da Silva agredia a vítima fisicamente.
“A justiça foi feita no dia de hoje. O réu vai pagar pelo feminicídio praticado, tendo que cumprir a pena com restrição da sua liberdade”, declarou o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas.