O PT entregou hoje (20/11) o documento de solicitação de arquivamento do PL da Anistia, que tenta livrar da cadeia os responsáveis pelo 8 de Janeiro. O partido citou o atentado a bomba no STF e a revelação de um plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes para justificar o pedido.
A decisão sobre o arquivamento cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O documento ressaltou que ele pode arquivar o PL da Anistia “mediante provocação”.
O pedido menciona que o PL da Anistia concederia perdão a “comandantes da trama golpista”. A citação ocorre depois que o texto cita o plano para matar o presidente Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre Moraes.
Todos os autores do plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes foram ministros efetivos ou interinos de Jair Bolsonaro. A trama foi discutida e aprovada na casa do candidato a vice de Bolsonaro. O plano Punhal Verde Amarelo foi impresso no Palácio do Planalto, onde ele tinha? – Gleisi Hoffmann.
A solicitação argumenta também que a anistia estimularia extremistas. O episódio do homem bomba que planejava matar Moraes na semana passada e tirou a própria vida na Praça dos Três Poderes é mencionado como consequência de manter a tramitação do PL da Anistia.
O pedido diz que a proposta tenta descriminalizar atentados contra a democracia. O texto é assinado pela presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), e pelo líder do partido na Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Uma anistia às pessoas envolvidas nesse tipo de ocorrência [atentados contra democracia], nada mais fará com que esta Casa Legislativa verifique o equívoco da proposição, cujo avanço não representa nenhum benefício ao povo brasileiro.
/UOL