O tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestou depoimento à Polícia Federal por cerca de duas horas nesta quinta-feira (5).
Cid já foi ouvido mais de 10 vezes ao longo das investigações sobre possíveis irregularidades cometidas na gestão Bolsonaro.
A intimação para novo depoimento é assinada pelo delegado Fábio Shor, responsável por investigações que envolvem o ex-presidente.
Indiciamentos
Mauro Cid, Jair Bolsonaro e outras 35 pessoas, a maioria militares, foram indiciados pela Polícia Federal por suposta tentativa de golpe de Estado, em outra investigação
Mauro Cid chegou a ser preso, mas foi solto após fechar um acordo de delação premiada, também conhecida como colaboração premiada.
A delação é um acordo feito entre uma pessoa investigada por crimes com o Ministério Público ou a PF. De um lado, as autoridades podem obter informações úteis para a solução do caso; de outro, o investigado pode garantir benefícios no processo penal e na condenação.
O ex-ajudante de ordens foi peça central nas apurações que levaram a Polícia Federal a indiciar as 37 pessoas por suposta tentativa de golpe.
Esse inquérito já foi encaminhado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para a Procuradoria-Geral da República, a quem cabe o oferecimento de denúncias contra os indiciados.
Além dessa investigação, outras estão em curso na Polícia Federal e, como colaborador, Mauro Cid tem que prestar esclarecimentos quando for intimado.
/G1