Redação
A enfermeira de 28 anos que acusa o influenciador Kel Ferreti de estupro, com o Ministério Público de Alagoas ofertando a denúncia após investigação, falou publicamente pela primeira vez. Sem mostrar o rosto e com a voz modificada, ela concedeu entrevista ao Plantão Alagoas, da TV Ponta Verde.
Segundo a vítima, ela conheceu Kel Ferreti por meio do Instagram e entrou em grupos de cadastro para plataformas como o ‘Jogo do Tigrinho’, já que a equipe do influenciador oferecia dinheiro. Essa divulgação de jogos de azar, inclusive, é o que faz Kel está preso neste momento por lavagem de dinheiro.
A vítima relata que estava precisando de dinheiro e apenas pegava o bônus oferecido pelo cadastro, mas não jogava nas plataformas. “A gente começou a conversar devido a um link que eu fiz e não recebi o pagamento”, explicou.
“Ele falou que iria fazer o pagamento, me pediu o Pix e eu passei. Disse que eu era muito linda, começou a me elogiar. E nisso foi iniciando as nossas conversas. A princípio não quis encontrar com ele pessoalmente. Mas, depois, eu fui conversando, acho que umas duas ou três semanas, todos os dias. Daí marcamos de nos encontrar para nos conhecermos pessoalmente”, disse a enfermeira.
“Eu disse a ele que estava de carro, porque eu me sentia mais confortável se fosse no carro que eu estava, pois qualquer coisa estranha, eu sairia. Quando eu já estava arrumada, no Uber, ele me passou uma mensagem daquelas que o Whatsapp apaga e, falando o nome da pessoa que não me recordo, que todos (na pousada) já sabiam que eu iria para o quarto e já estariam me esperando”, contou ela.
“Foi num dia em que aconteceu alguma coisa com um carro dele, alguma batida, algo do tipo. Ele tinha que sair para resolver e disse: ‘Estou livre, vou ter que sair de casa e consigo lhe ver’. Eu disse: ‘Então tá’. Eu iria conhecê-lo como pessoa, não ia… Se rolasse, rolou, né. Ele chegou muito apressado, eu deixei a porta aberta. Ele colocou um saco de gelo numa mesinha que tinha”, completou.
Agressões
“Eu disse: ‘Meu rosto está muito machucado’. Ele me bateu muito. Tenho uma foto que tirei no dia, acredito que esteja com a justiça. A foto que tirei no dia, voltando para casa, porque eu só chorava. Meu rosto muito inchado em vermelho, com muitos hematomas. Na hora, eu chorava de dor e falava a ele. Ele me viu chorando. Me pediu para botar gelo e ter cuidado para não molhar a cama”.
“Eu estava apanhando absurdamente, nunca sofri nada do tipo, nunca me encontrei com alguém assim. Ele me socava, me batia muito no meu rosto. Cheguei a virar o rosto, dizendo que não aguentava mais, pedi para parar e ele disse que depois colocava gelo, que passava”.
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