Redação
Com tutela de urgência, o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) ajuizou uma ação civil contra a petroquímica e a Prefeitura de Maceió, na esfera federal, visando à construção de um novo cemitério público na capital alagoana.
O pedido de urgência na Justiça Federal se dá porque as vítimas da Braskem desejam o bloqueio de R$ 250 milhões, dinheiro recém-pago pela mineradora à gestão municipal referente à última parcela da indenização de R$ 1,7 bilhão firmada no ano anterior.
Os moradores integrantes da associação pedem que parte desse dinheiro seja bloqueado e destinado para construir um novo cemitério, já que a tragédia do afundamento do solo também afetou a questão de sepultamentos em Maceió, como a interdição do Cemitério Santo Antônio.
“A crise funerária se reflete em enterros em covas rasas, longas filas para sepultamento e outras violações ao princípio da dignidade humana. Apesar do acordo firmado em 2023, que destinou R$ 1,7 bilhão da Braskem à Prefeitura de Maceió para solucionar problemas socioambientais, nenhuma medida concreta foi tomada para implementar um novo cemitério, conforme previsto no pacto”, alega o MUVB.
Além da obra, as vítimas cobram compensação aos proprietários de jazigos no Santo Antônio. A Justiça Federal deu prazo de 72 horas, a partir da notificação, para que a Braskem e o Município se manifestem no processo impetrado.
Até o momento, a solução apresentada pela gestão municipal foi a ampliação do Cemitério São Luiz, no bairro Santa Amélia. A suposta promessa de um novo local sequer avançou. Um projeto de cemitério público vertical ainda chegou a ser aprovado pelos vereadores, mas não saiu do papel.