Redação
Tramitam tanto na Assembleia Legislativa de Alagoas, quanto na Câmara Municipal de Maceió, projetos de lei que visam proibir o poder público de contratar artistas que fazem apologia ao crime organizado em suas apresentações.
Tais propostas já circulam em outros estados do país e foram batizadas de ‘Lei anti-Oruam’, em referência ao rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, filho de Marcinho VP, preso por assassinato, formação de quadrilha e tráfico de drogas, sendo um dos líderes da facção Comando Vermelho.
O rapper carioca tem uma tatuagem em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. No seu repertório, há músicas que falam sobre ostentação, sexo e o fato de ser filho do traficante Marcinho VP.
Em termos estaduais, o deputado Mesaque Padilha (União) é o autor do projeto, pedindo a proibição de contratação de shows, artistas e eventos voltados ao público infantojuvenil, que envolvam durante a apresentação, expressões com apologia ao crime organizado, a pornografia e o uso de drogas.
Em Maceió, o projeto é do vereador Thiago Prado (PP): “O crime organizado e o tráfico de drogas são problemas graves que impactam diretamente a segurança da população. Não podemos permitir que o poder público financie artistas que enaltecem essa realidade. Essa contradição precisa acabar”.