Os Estados Unidos estão vendo “uma quantidade tremenda de disposição de outros países, incluindo a China”, disse o presidente Donald Trump na tarde desta quarta-feira (9), após anunciar uma pausa de 90 dias em todas as tarifas “recíprocas”, com exceção da China, cujas tarifas serão aumentadas para 125%.
“A China quer fazer um acordo. Eles só não sabem muito bem como fazer isso. Você sabe, é uma daquelas coisas em que eles não sabem muito bem… Eles são um povo orgulhoso,” disse ele a repórteres durante um evento na Casa Branca.
“E o presidente Xi é um homem orgulhoso. Eu o conheço muito bem, e eles não sabem exatamente como conduzir isso. Mas vão descobrir. Eles estão no processo de descobrir, mas querem fazer um acordo.”
Indireta
A Embaixada da China nos Estados Unidos compartilhou uma postagem em suas redes sociais em que faz uma comparação entre o “tarifaço” anunciado semana passada por Trump e o subsequente aumento de tarifas à China nos últimos dias com a Lei Tarifária de 1930, também conhecida como Lei Smoot-Hawley, aplicada pelos Estados Unidos naquele ano para proteger a economia do país.
“A Lei de Tarifas Smoot-Hawley de 1930 alimentou a Grande Depressão. Hoje, as Tarifas Recíprocas correm o risco de abrir novamente a Caixa de Pandora”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, que fez a postagem.
Em meio à “guerra” tarifária sem precedentes entre Estados Unidos e China, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou Pequim de “sempre ter passado a perna” nos cidadãos norte-americanos e afirmou que, agora, fará o mesmo.
“Eles sempre nos passaram a perna a torto e a direito. Vamos agora passar a perna neles”, disse Trump durante um jantar do Comitê Nacional Republicano para o Congresso, na noite de terça-feira (8).
/Agências