Redação
Na audiência de custódia, ficou definido que o ex-presidente Fernando Collor vai cumprir a pena por corrupção no sistema prisional de Alagoas. O político foi transferido, na tarde desta sexta-feira (25), à Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió.
A transferência foi realizada por volta das 14h em uma viatura da Polícia Federal. Como Collor é ex-presidente da República, ele ficará, em regime fechado, em uma cela individual da unidade prisional, na chamada ala especial.
A decisão atende a uma solicitação do ex-presidente, que pediu para cumprir pena em Alagoas, e não ser transferido para Brasília. A defesa diz que Collor, 75 anos, tem comorbidades graves e havia pedido concessão de prisão domiciliar, o que ainda será analisado.
Moraes tomou a decisão após a audiência de custódia de Collor na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, onde ele ficou detido desde a madrugada, quando os agentes foram prendê-lo na casa do político, diante da decisão do ministro na noite de ontem (24).
Segundo a defesa, o ex-presidente tem Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar. Moraes determinou que a direção do presídio de Maceió informe, no prazo de 24 horas, se tem totais condições para tratar da saúde de Collor.
Collor foi condenado, em 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em um processo derivado da Lava Jato. Desde então, sua defesa impetrava recursos, o que impedia sua prisão. No entanto, com o transito julgado, foi determinada sua prisão.
Segundo a Procurador-Geral da República (PGR), Fernando Collor recebeu R$ 26 milhões entre 2010 e 2014 como propina por ter “intermediado” contratos firmados pela BR Distribuidora, à época vinculada à Petrobras.