Redação
Recentemente, a Justiça de Alagoas homologou os acordos de não persecução penal de mais alguns influenciadores no estado, acusados de incentivar o uso de plataformas de azar como o Jogo do Tigrinho. Rico Melquiades, por ser o mais famoso, acabou sendo o centro das notícias.
Contudo, além dele, nesta leva, mais três influenciadores também fecharam tal acordo com o Ministério Público Estadual, contando com a homologação judicial.
No caso, eles confessaram o ato ilícito, mas como se trata de crimes sem violência ou ameaça grave, bem como têm penas baixas, os influenciadores fazem o acordo para evitarem passar por processo na Justiça, desde que cumpram condições que possam reparar o dano causado.
Nos acordos, chamou a atenção a diferença considerável de valores. Enquanto Rico Melquiades terá que pagar uma multa de R$ 1 milhão, a influencer Juliana Priscila de Oliveira Mendes terá retido do seu bloqueio na época da operação policial cerca de R$ 60 mil.
Além disso, a influenciadora Ana Karoline da Silva Dantas conseguiu algo curioso: o parcelamento da multa em 45 parcelas. A obrigação dela é, ao todo, repassar R$ 350 mil ao Estado. Isso significa que ela terá que cumprir um financiamento de quase R$ 8 mil mensais por quase quatro anos.
Por fim, Luiz Henrique Barreto da Silva Nen deverá fazer uma doação em equipamentos eletrônicos destinados ao poder público de Alagoas no montante de quase R$ 120 mil. Esses quatro acordos não são os primeiros, ressalte-se. Antes, Paulinha e Ygor Ferreira já fecharam a colaboração premiada.
Todavia, tais acordos se demonstram, no mínimo, difíceis de se entender, pelo fato da diferença de valores e até pelos privilégios de parcelamento para quem causou prejuízos à sociedade e ao erário.