O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou nesta quarta-feira que abriu inquérito para investigar Bruno Henrique, do Flamengo, após o atacante ter sido indiciado pela Polícia Federal no mês passado. O jogador é suspeito de forçar um cartão amarelo em jogo contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023 e beneficiar apostadores, incluindo familiares, na época.
O presidente do tribunal esportivo, Luís Otávio Veríssimo Teixeira, recebeu as provas da investigação da Polícia Federal na última segunda-feira e nomeou o auditor Maxwell Borges de Moura Vieira para fazer um relatório no prazo de 15 dias, prorrogáveis por mais 15. Como não houve pedido de suspensão preventiva, Bruno Henrique pode continuar jogando pelo Flamengo no período.
O Flamengo se ampara na presunção de inocência para não afastar Bruno Henrique e aguardar o desfecho do processo. Desde o indiciamento por parte da Polícia Federal, o atacante já disputou seis partidas, três como titular e três saindo do banco, mas não fez gols ou deu assistências.
Bruno Henrique e mais nove pessoas foram indiciadas no mês passado por supostamente apostarem num cartão amarelo que o atacante do Flamengo receberia contra o Santos com o conhecimento de que ele forçaria a advertência durante a partida.
Justiça negou sigilo no processo
No início do mês, a Justiça do Distrito Federal negou um pedido de parentes do atacante Bruno Henrique para decretar sigilo na investigação. Além disso, o juiz Fernando Brandini Barbagalo autorizou a Polícia Federal a compartilhar as provas colhidas até agora com o STJD.
A Justiça do DF ainda rejeitou um pedido do atacante Bruno Henrique para que reconsiderasse uma decisão anterior, em que havia autorizado o compartilhamento das mesmas provas com a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, instalada no Senado.
/GE