O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou a minuta de um novo projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O texto, considerado mais “light” por bolsonaristas, foi criado para garantir a aprovação do tema no Congresso Nacional e evitar contestação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, Bolsonaro prometeu analisar o texto e dar uma resposta a Motta na próxima semana. A expectativa é que os dois se reúnam pessoalmente para falar sobre o projeto de lei.
Caso o ex-presidente concorde com a nova versão, ela deve ser apresentada como um substitutivo ao texto atual, que está travado na Câmara e vem impedindo o avanço de boa parte das pautas na Casa no primeiro semestre do ano.
Aliados do presidente da Câmara dizem que ele tem chamado a responsabilidade de tentar destravar o projeto da anistia. Ele procurou, por exemplo, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Casa, para discutir uma solução.
Até então, uma outra versão vinha sendo discutida no Senado Federal, que tem o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), como um dos responsáveis. Bolsonarista não gostaram do texto apresentado por supostamente comprar a versão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, sobre os condenados do 8 de janeiro.
Motta foi escolhido com votos de diversos partidos, incluindo o PL, que condicionou o apoio a um avanço da pauta na Casa. Após assumir o posto, no entanto, ele vinha dando sinais de que não trabalharia para aprovar o projeto da anistia.
O parlamentar chegou a ser atacado e chamado de “covarde” por Silas Malafaia, pastor bolsonarista, após não pautar o requerimento de urgência do texto.
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