Redação
Interessado em adquirir a Braskem, o empresário bilionário Nelson Tanure teria afirmado que somente vai fazer uma proposta vinculante de compra da petroquímica se houver um “acordo definitivo” sobre as compensações devidas pela tragédia em Maceió.
Há um tempo, o empresário abriu uma tomada de preços para contratar uma consultoria especializada em eventos geológicos e socioambientais para assessorá-lo no assunto. Com o caso em Alagoas ainda em andamento, não dá para saber qual será a conta final da compensação, o que dificulta o negócio.
Até agora, entre valores já pagos e provisionados, a Braskem direcionou quase R$ 18 bilhões para o caso do afundamento do solo em Maceió, sendo já desembolsado cerca de R$ 13 bilhões. No entanto, diante de ações e revisões em tramitação, o montante ainda pode subir.
O cenário de Tanure foi trazido pelo jornal Valor Econômico. Para assessorá-lo nas negociações de compra da Braskem, incluindo conversas com os bancos credores da Novonor e com a Petrobras, segunda maior acionista da companhia, Tanure contratou o banco Rothschild.
Assessores de Tanure iniciaram uma auditoria prévia na NSP Investimentos, holding de participações da Novonor, que tem a fatia de 38,32% do capital total da Braskem e 50,11% das ações. Hoje, esses papéis estão nas mãos de cinco bancos credores da antiga Odebrecht, em garantia a dívidas de R$ 15 bilhões.