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Derrota no IOF gera novo atrito entre Motta e Haddad

27 de junho de 2025
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Derrota no IOF gera novo atrito entre Motta e Haddad

Foto: Reprodução

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A derrota imposta ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a derrubada do decreto sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) agravou o mal-estar entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Antes descrita como amistosa, a relação entre os dois já vinha estremecida desde o início de junho, quando Motta criticou duramente a proposta do governo dois dias depois de descrever como histórica a noite em que ela foi apresentada pelo ministro.

A decisão do presidente da Câmara de anunciar, pelas redes sociais, a votação do decreto azedou ainda mais o ambiente. Em entrevista à Folha, Haddad disse desconhecer por que o deputado mudou de postura.

“Eu não sei o que aconteceu depois daquele domingo [dia da reunião]. Eu não briguei com ninguém, eu nem posso brigar com ninguém, tenho uma agenda para cumprir e tenho um compromisso com o país, com o presidente da República”, disse o ministro, em alusão à mudança de atitude do presidente da Câmara.

Nos últimos dois anos, Motta foi um dos líderes partidários mais próximos do ministro da Fazenda. Mas seus aliados afirmam que, agora, o presidente da Câmara fala em quebra de confiança com Haddad.

Em conversas reservadas, o deputado tem atribuído ao ministro da Fazenda a origem de críticas à sua conduta na negociação que foram noticiadas pela imprensa nas últimas semanas.

Após ter descrito como histórica a reunião com o ministro sobre mudanças no IOF, Motta fez duras objeções à proposta da equipe econômica, o que, entre governistas, alimentou questionamentos sobre essa dubiedade.

Aliados de Motta afirmam, no entanto, que ele fez referência ao encontro, pelo fato de reunir à mesa ministros, os presidentes da Câmara e do Senado e líderes das duas Casas, e não do conteúdo das medidas apresentadas —eles afirmam que nunca houve compromisso dele com as propostas.

Além de apontar Haddad como fonte desse julgamento crítico, Motta ficou contrariado com os elogios que o ministro fez a seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), durante um jantar em São Paulo. Líderes partidários ouvidos pela reportagem dizem que Motta interpretou o gesto de Haddad como uma crítica indireta a ele, ainda que o ministro não tenha citado seu nome.

Esse estremecimento também foi tratado em reunião na semana passada entre Motta, líderes da Câmara, Gleisi e Rui Costa (Casa Civil). De acordo com três participantes, o presidente da Câmara falou em um momento sobre o que considera ser “fogo amigo” de membros do governo federal em meio às negociações no Congresso e disse que não iria tolerar esse tipo de comportamento —ainda que sem citar ninguém nominalmente.

Ao ser informado dessa contrariedade, Haddad procurou Motta na tentativa de refutar o que tem chamado de intriga infundada. Segundo relatos, o ministro gravou uma mensagem para Motta, negando que tenha o criticado durante o jantar.

Ainda de acordo com relatos, Haddad alegou que não é de seu estilo fazer críticas veladas, mas, sim, expor frontalmente sua opinião. Em resposta, também por áudio, Motta sugeriu que os dois deixassem a poeira baixar.

À reportagem Haddad confirmou ter procurado Motta no intuito de desfazer o mal-entendido, sem sucesso. “Não fiz essa referência que chegou ao presidente da Câmara. E ele foi informado disso por mim”, afirmou o ministro, sem comentar o episódio.

Desde então, o deputado evita os telefonemas do ministro. No fim da noite desta terça-feira (24), o presidente da Câmara surpreendeu não só Haddad, mas todo o governo, ao publicar nas redes sociais a decisão de pôr em pauta a derrubada da proposta.

Na quarta (25), a Câmara aprovou a derrubada do decreto por um placar expressivo, impondo uma nova derrota ao Palácio do Planalto: 383 votos favoráveis e 98 contrários.

Segundo um aliado próximo do presidente da Câmara, a relação hoje entre os dois políticos é inexistente. Apesar disso, esse interlocutor de Motta diz que é possível reestabelecer pontes com diálogo. De acordo com relatos, alguns políticos deverão atuar como “bombeiros” para reverter esse estremecimento, entre eles o líder do MDB, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), que é próximo de Motta e de Haddad.

Procurado, via assessoria de imprensa, Motta não respondeu.

O presidente Lula tem elogiado a argumentação de Haddad em defesa de suas propostas de aumento de impostos, assentada no discurso de que o governo pretende cobrar mais dos ricos em benefício dos pobres. Mas o presidente chegou a ficar preocupado com os desencontros na articulação da proposta no Congresso Nacional, especialmente com o vaivém de versões sobre a viabilidade de aprovação.

Antes mesmo do primeiro recuo, o ministro teria revelado otimismo a Lula quanto às chances de apoio no Congresso. À época, chegou-se a atribuir a dissonância ao próprio Haddad. Mas, depois de Motta usar as redes sociais para anunciar a votação na Câmara, a perspectiva mudou.

Ministros do governo até afirmaram, sob reserva, que Haddad foi ingênuo ao acreditar no endosso dos parlamentares. O Congresso, lembram, é palco da oposição a Lula, cuja reeleição depende do sucesso da economia.

/Folha de São Paulo

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