Redação
A Polícia Federal (PF) identificou, no último mês de abril, mais um nome na planilha apreendida durante a Operação Overclean, que investiga um esquema de fraudes em licitações e desvio de emendas parlamentares.
A planilha apreendida pela PF traz 13 nomes. Segundo o documento, foram desviados R$ 824,5 milhões em licitações de 12 estados.
Entre os nomes está o cantor paraibano Netinho Lins, apontado como responsável pelo repasse de R$ 25,4 milhões para a Paraíba e outros R$ 2,2 milhões para Patos.
Netinho é próximo do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), do deputado federal Hugo Motta (PP-PB) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI).
A Máfia
De acordo com a PF, o cantor não mandava os recursos diretamente para a Paraíba, mas atuava como intermediário, recebendo os valores dos prefeitos e depois repassando. Netinho era o homem de confiança de Alex Rezende Parente, apontado pela corporação como o líder do esquema e responsável pelo repasse de R$ 55,7 milhões para dez lugares.
Em 2022, o casamento de Netinho Lins, realizado no Hotel Ponta do Madeiro, em Tibau do Sul (RN), contou com a presença de Arthur Lira, Hugo Motta, Ciro Nogueira e Antônio Rueda, presidente do União Brasil — partido envolvido na operação da PF que prendeu o empresário Marcos Moura, conhecido como o “Rei do Lixo”.
Vale lembrar que, em junho do ano passado, a reportagem da Folha de Alagoas publicou que Netinho Lins havia se notabilizado pelo fácil acesso à gestão de Maceió. Em um curto espaço de tempo, o pequeno empresário do ramo de contratações de shows, estrutura de palco, som, iluminação, trios elétricos, entre outros, chamou atenção por sua rápida ascensão econômica.
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