Redação
Mães, pais e responsáveis de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) denunciam a falta de profissionais de apoio para dar o devido suporte na Escola Municipal Doutor Orlando Araújo, que fica localizada no bairro da Ponta Verde, em Maceió.
Segundo o relato, as aulas do segundo semestre letivo de 2025 retornaram na última segunda-feira, dia 7 de julho, mas não há assistentes suficientes para as crianças autistas. Com isso, parte delas está ficando fora da sala de aula, pois os pais não vão arriscar deixarem seus filhos em ambientes desassistidos.
“Assistentes estão sendo designadas para alunos em turmas diferentes, como pode isso?”, questiona uma das mães. Os familiares alegam que os filhos estão sendo prejudicados, já que o TEA regride muito rápido se não tiver o devido acompanhamento.
Uma mãe chegou a solicitar uma declaração de comprovação de que a criança está fora da sala de aula por falta de assistente e auxiliar. Porém, a escola se negou a dar qualquer tipo de documentação.
“A escola diz que não tem nenhuma informação para dar, que o problema é com a SEMED [Secretaria Municipal de Educação]”, diz outro depoimento.
A Folha de Alagoas entrou em contato com a assessoria da SEMED em busca de respostas, a fim de saber se tem uma previsão de contratação ou envio desses profissionais para normalizar o serviço na referida escola. Até o momento, no entanto, não houve posicionamento.
Em março, vale citar, uma portaria da Secretaria autorizou que cada auxiliar assistisse, nos casos leves, até seis crianças especiais nas escolas de Maceió. Já nos casos mais graves, até dois alunos. Devido à repercussão e críticas, o documento foi parcialmente revogado, para os casos graves.