A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado e tornou réus o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, e Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, amigo do artista, nesta terça-feira (29). Ambos vão responder por tentativa de homicídio qualificado contra policiais civis.
O episódio ocorreu na madrugada de 22 de julho, durante uma operação na casa do rapper para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor investigado por tráfico e roubo. Segundo o MPRJ, Oruam e seus amigos impediram a ação policial e atiraram pedras contra os agentes, uma delas pesando cerca de 5 kg, de uma altura de 4,5 metros.
A denúncia destaca que “houve risco real de morte, já que os objetos poderiam atingir o crânio dos policiais”. A perícia confirmou que as pedras arremessadas eram semelhantes às do jardim da residência do rapper.
O MPRJ afirma que o crime foi cometido por motivo torpe e com uso de meio cruel, o que pode enquadrá-los na Lei dos Crimes Hediondos. Oruam chegou a gravar vídeos do momento da abordagem e depois postou nas redes sociais desafiando as autoridades. Ele se entregou à polícia no dia seguinte e está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, conhecido como Bangu 3.
Após a prisão, a assessoria de imprensa do artista divulgou uma nota alegando que ele agiu em um momento de ‘desespero e legítima defesa. Além da tentativa de homicídio, Oruam já responde por outros sete crimes, além da tentativa de homicídio:
- Tráfico de drogas
- Associação para o tráfico de drogas
- Ameaça
- Lesão corporal
- Dano
- Resistência
- Desacato
/CNN Brasil