O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta terça-feira (2) o julgamento da ação penal em curso na 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus ex-auxiliares ou aliados, acusados de tentativa de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022.
Questionado por jornalistas, Lula afirmou que espera que a análise seja conduzida com base nas provas apresentadas no processo. “Eu não tenho expectativa. A minha expectativa é que o tribunal julgue quem está julgando em função dos autos do processo, ninguém está julgando ninguém pessoalmente. Tem processo, têm autos, tem delação, têm provas e a pessoa que está sendo acusada tem direito à presunção de inocência”, disse o presidente.
O chefe do Executivo ressaltou que todos os réus devem ter assegurado o direito à ampla defesa. Lula citou sua própria experiência como acusado na Operação Lava Jato, afirmando que, à época, não teve a oportunidade de se defender da forma prevista em lei. “Ele pode se defender como eu não pude me defender. Eu não reclamei, não fiquei chorando, fui à luta”, afirmou.
Lula reforçou ainda sua posição em favor da presunção de inocência, inclusive para adversários políticos. “Se é inocente, prove que é inocente. Prove que é inocente, que não tem nada a ver com isso e está de bom tamanho. O que espero é isso. Que seja feita justiça, respeitando o direito da presunção de inocência, só isso. Desejo para mim e para qualquer inimigo meu o direito de presunção de inocência, para que fiquem sabendo da verdade”, concluiu.
/Congresso em Foco