Romison Florentino
Setembro marca o sexto mês consecutivo em que os trabalhadores do Hospital Veredas não recebem salário. No dia 7 de agosto, há pouco menos de um mês, os colaboradores foram às ruas protestar novamente contra a falta de efetividade e decretaram greve até a normalização dos pagamentos.
No dia 13 de agosto, dirigentes de seis sindicatos se reuniram com representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL). Durante o encontro, o Ministério Público Federal (MPF) notificou o Estado de Alagoas, cobrando o cumprimento do acordo firmado em 1º de agosto.
O acordo previa o pagamento de 50% dos valores não pagos até o dia 10 e o restante até o fim do mês. Diante do descumprimento, foi concedido um novo prazo de 48 horas para a quitação dos salários, mas o Estado não cumpriu a determinação, o que gerou revolta entre os trabalhadores.
Após a reunião nos ministérios públicos, funcionários relataram que os sindicatos não retornaram ao Hospital Veredas para informar o que havia sido discutido e acertado.
Nas redes sociais, trabalhadores também denunciaram uma nova medida adotada pela direção: a terceirização da cozinha, mesmo sem realizar o pagamento devido ao setor interno do hospital.
“Terceirizar a cozinha enquanto os cozinheiros, que estão há seis meses sem receber, permanecem parados, é um absurdo. O valor gasto com a terceirização é praticamente o mesmo que seria usado para pagar os funcionários. Então, por que não pagar? Isso é um descaso não só com os trabalhadores, mas com toda a população alagoana, que depende desse hospital”, desabafou um dos funcionários nas redes sociais.