5 de outubro de 2025
Folha de Alagoas
  • INÍCIO
  • GERAL
  • INTERIOR
  • CULTURA
  • ECONOMIA
  • ESPORTE
  • POLÍTICA
  • REBULIÇO
  • CONTATO
Sem resultados
Exibir todos os resultados
5 de outubro de 2025
Folha de Alagoas
Sem resultados
Exibir todos os resultados
CÂMARA 1 - 728x90 (1)
CÂMARA 2 - 728x90 (1)
Redação

Redação

Brinquedos vendidos no Brasil têm níveis preocupantes de elementos tóxicos

5 de outubro de 2025
0
Compartilhe no FacebookCompartilhe no TwitterCompartilhe no Whatsapp

Pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) em colaboração com a Unifal (Universidade Federal de Alfenas) identificaram altos níveis de substâncias tóxicas em brinquedos plásticos comercializados no Brasil. O estudo analisou 70 produtos de fabricação nacional e importados e é o mais abrangente já realizado no país sobre contaminação química em produtos infantis. Os resultados foram publicados na revista Exposure and Health.

A análise, apoiada pela Fapesp, revelou que grande parte dos brinquedos não segue as normas de segurança do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e da União Europeia. O caso mais grave encontrado envolve o bário: 44,3% das amostras ultrapassaram o limite permitido, com concentrações até 15 vezes acima do valor regulamentar. A exposição ao bário pode causar problemas cardíacos e neurológicos, como arritmias e paralisias.

Também foram encontrados níveis elevados de chumbo, crômio e antimônio. O chumbo, que pode provocar danos neurológicos irreversíveis em crianças, problemas de memória e diminuição do Q.I. (coeficiente de inteligência), apareceu acima do limite em 32,9% das amostras, com concentração quase quatro vezes acima do permitido. Já o antimônio (danos gastrointestinais) e o crômio (carcinogênico) apresentaram irregularidades em 24,3% e 20% dos brinquedos, respectivamente.

“Esses dados revelam um cenário preocupante de contaminação múltipla e falta de controle. Tanto que no estudo sugerimos medidas mais rígidas de fiscalização, como análises laboratoriais regulares, rastreabilidade dos produtos e certificações mais exigentes, especialmente para itens importados”, afirma Bruno Alves Rocha. O trabalho é resultado da pesquisa de pós-doutorado de Rocha, apoiada pela Fapesp e recentemente concluída durante seu período como professor visitante na Unifal.

No trabalho, os brinquedos foram selecionados para representar diferentes faixas socioeconômicas, com compras realizadas em lojas populares e shopping centers de Ribeirão Preto. “Foram escolhidos brinquedos destinados a crianças de 0 a 12 anos, muitos tinham tamanho e formato que facilitam a exploração oral — ou seja, que pudessem ser levados à boca —, o que aumenta o risco de exposição a substâncias tóxicas”, explica Rocha à Agência Fapesp.

A identificação e a contagem das substâncias foram realizadas por meio de ICP-MS (espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado), técnica que permite detectar metais e diversos não metais em concentrações muito baixas. A investigação também utilizou processos de análise conhecidos como digestão ácida assistida por micro-ondas, que permitem simular a liberação de substâncias químicas pelo contato com a saliva das crianças.

A partir dessa análise foram encontrados 21 elementos com potencial tóxico: prata (Ag), alumínio (Al), arsênio (As), bário (Ba), berílio (Be), cádmio (Cd), cério (Ce), cobalto (Co), cromo (Cr), cobre (Cu), mercúrio (Hg), lantânio (La), manganês (Mn), níquel (Ni), chumbo (Pb), rubídio (Rb), antimônio (Sb), selênio (Se), tálio (Tl), urânio (U) e zinco (Zn).

Com os testes de bioacessibilidade (digestão ácida), os pesquisadores puderam montar dois cenários de exposição às substâncias tóxicas: um normal, com base em valores medianos, e outro de alta exposição, baseado em valores máximos. “A exposição varia de acordo com as concentrações dos elementos tóxicos, mas também pode variar muito de uma criança para outra, a depender do tempo que ela brinca com o objeto ou deixa ele na boca”, diz o pesquisador.

As taxas de extração — a liberação das substâncias por contato com o suco gástrico — variaram entre 0,11% e 7,33%, indicando que apenas uma fração pequena dos contaminantes totais é liberada sob condições que simulam a exposição oral. “Embora seja um aspecto positivo, o achado não elimina as preocupações de segurança, especialmente considerando as altas concentrações totais detectadas em muitas amostras”, afirma Rocha.

O estudo também contribuiu para mapear a cadeia de produção dos brinquedos e identificar possíveis fontes de contaminação. “Encontramos correlações entre níquel, cobalto e manganês, sugerindo origem comum na fabricação. Brinquedos de cor bege apresentaram concentrações mais altas de metais, possivelmente ligadas ao fornecedor da tinta, uma pista relevante para futuras ações de fiscalização”, afirma.

Além dos elementos tóxicos, o grupo de pesquisadores já investigou em estudos anteriores a presença de substâncias capazes de interferir no sistema hormonal, como bisfenóis, parabenos e ftalatos, conhecidos como disruptores endócrinos.

“Esse não é o primeiro estudo com resultados tão alarmantes, o que só reforça a necessidade de ações urgentes para proteger a saúde das crianças”, conclui Rocha.

*CNN Brasil

Você também pode gostar desses conteúdos

Sem categoria

Adulteração de bebidas é a atividade ilegal que mais cresceu, diz ABCF

por Redação
5 de outubro de 2025
PC potencializou operações, prisões e desarticulação de quadrilhas em AL
Sem categoria

PC potencializou operações, prisões e desarticulação de quadrilhas em AL

por Redação
5 de outubro de 2025
Sem categoria

BC vai publicar regulação do Pix Parcelado até o fim de outubro

por Redação
4 de outubro de 2025
Sem categoria

Consulta pública sobre CNH se torna a mais acessada do atual governo

por Redação
4 de outubro de 2025
IMA marca presença em encontro nacional sobre energia e sustentabilidade
Sem categoria

IMA marca presença em encontro nacional sobre energia e sustentabilidade

por Redação
4 de outubro de 2025

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

banner-site
banner-site
Próximo Post

Adulteração de bebidas é a atividade ilegal que mais cresceu, diz ABCF

Católicos de Paripueira discordam de evento com a participação de políticos

Católicos de Paripueira discordam de evento com a participação de políticos

7 de agosto de 2025
Vereador acusa Henrique Chicão de usar hospital para se eleger deputado

Vereador acusa Henrique Chicão de usar hospital para se eleger deputado

7 de agosto de 2025

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Sem categoria

Adulteração de bebidas é a atividade ilegal que mais cresceu, diz ABCF

5 de outubro de 2025
Sem categoria

Brinquedos vendidos no Brasil têm níveis preocupantes de elementos tóxicos

5 de outubro de 2025
Saúde

STF derruba decisão da Justiça e bloqueio hormonal para jovens trans volta a ser proibido

5 de outubro de 2025

REDAÇÃO

(82) 98898-7444

folhadealagoas@gmail.com

ARQUIVOS

Disponível no Google Play

© 2021 | Folha de Alagoas.

Sem resultados
Exibir todos os resultados
  • INÍCIO
  • GERAL
  • INTERIOR
  • CULTURA
  • ECONOMIA
  • ESPORTE
  • POLÍTICA
  • REBULIÇO
  • CONTATO

© 2021 | Folha de Alagoas.

Utilizamos cookies essenciais e outras tecnologias semelhantes, ao continuar navegando, você concorda essas e outras condições de nossa Política de Privacidade e Cookies.