Julgar o “Serial Kiler” alagoano tem-se tornado corriqueiro, vista a extensão de homicídios e feminicídios cometidos por Albino dos Santos Lima que sentará, nesta terça-feira (7), no banco dos réus para responder pela morte de Tâmara Vanessa dos Santos e pela tentativa de homicídio contra um casal, crimes ocorridos em junho de 2024, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió. Pela quarta vez, em se tratando dos júris relacionados às suas ações criminosas, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) será representado pelo promotor de Justiça Antônio Vilas Boas. A denúncia foi feita em janeiro de 2025 com as qualificadoras de motivo torpe e recursos que impediram a defesa das vítimas.
Vilas Boas se posiciona a respeito do júri, das expectativas no tocante à condenação e fala do perigo que Albino é para a sociedade: “Não há como negarmos que esse cidadão é de grande periculosidade, esperamos, para esta terça-feira, mais um resultado com condenação, ele precisa pagar por tudo que fez, não somente às vítimas, mas aos seus familiares. Na verdade, ele apavorou toda sociedade alagoana”, afirma o promotor.
Vale ressaltar que o réu costumava matar e justificar seus crimes alegando que as vítimas tinham envolvimento com a criminalidade. Nesse caso, também foi comprovado que nem Tâmara, tampouco os sobreviventes, tinham envolvimento com o tráfico de entorpecentes ou trabalhavam com prostituição, justificativa que o ‘serial kiler’ coloca todas as vezes como álibi.
O último julgamento de Albino dos Santos Lima ocorreu em setembro de 2025, com ele condenado a 14 anos e sete meses de prisão, em regime inicialmente fechado, por tentativa de homicídio duplamente qualificado contra Alan Vítor dos Santos Soares, de 20 anos. Tal crime ocorrera no bairro Vergel do Lago, na capital alagoana.
Ele também já foi julgado e condenado a 24 anos e seis meses pela morte da mulher trans Louise Gbyson Vieira de Melo. Em abril deste ano, Albino foi condenado pela morte do barbeiro Emerson Wagner da Silva, 37 anos, e pela tentativa de homicídio contra uma jovem. Nesses dois casos, ele foi condenado a 37 anos de prisão.
/Ascom MPAL