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Mercado vê inflação comportada e corte de juro no 1º trimestre de 2026

Segundo economistas consultados pelo Metrópoles, a tendência é que autoridade monetária ainda mantenha a cautela pelo menos até o fim do ano

9 de outubro de 2025
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Mercado vê inflação comportada e corte de juro no 1º trimestre de 2026

Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES

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Os dados de inflação referentes ao mês de setembro, divulgados nesta quinta-feira (9/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) segue bem comportado, o que enseja a discussão sobre o início do ciclo de corte da taxa básica de juros no país.

De acordo com o IBGE, os preços de bens e serviços do país avançaram 0,48% em setembro, após registrar deflação de 0,11% em agosto. Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 5,17%, ainda acima do teto da meta (4,5%).

No ano, o índice acumula alta de 3,64%. No mesmo mês de 2024, a variação foi de 0,44%. A alta do mês foi puxada pela energia elétrica, que subiu 10,31%.

O que diz o mercado

Segundo André Valério, economista sênior do Banco Inter, “apesar do resultado pressionado no índice cheio, o qualitativo foi amplamente positivo, como já indicava o IPCA-15 [a prévia da inflação]”. “A média dos núcleos desacelerou para 0,19%, menor valor desde março de 2024, levando o acumulado em 12 meses a recuar para 5,09%. Mesmo com energia elétrica pressionando o resultado do mês, a inflação de serviços recuou de 0,39% para 0,13%, menor valor desde junho de 2024, observou.

“A inflação de serviços subjacentes e serviços intensivos em trabalho, ambas sensíveis à taxa de juros, também desaceleraram notadamente no mês, com a primeira variando 0,03%, menor valor desde setembro de 2024, e a última 0,35%. Além disso, a inflação de bens livres e industriais manteve dinâmica benigna observada nos últimos meses”, prosseguiu Valério.

Para o economista, o resultado de setembro “indica que a dinâmica inflacionária caminha para ser mais benigna, com diversas surpresas de baixa inflacionária nos últimos meses”. “Esperamos que essa tendência permaneça, com a apreciação do real contribuindo para manter a inflação de bens acomodada, enquanto a continuidade da política monetária restritiva deve ser sentida de maneira mais intensa nas próximas leituras, especialmente nas medidas menos sensíveis”, afirma.

“De todo modo, o resultado, apesar do qualitativo positivo, não deve alterar a condução da política monetária no curto prazo. O Copom [Comitê de Política Monetária do BC] ainda se mostra cauteloso com os ganhos na inflação e deverá optar por uma abordagem restritiva por mais tempo até ganhar ainda mais confiança de que o aperto monetário esteja sendo transmitido à economia, especialmente nos dados de atividade. Com isso, esperamos que o início do ciclo de cortes ocorra na reunião de janeiro de 2026, mas mantemos a expectativa de que a Selic encerre 2026 a 12%”, conclui Valério.

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, avalia que “ainda que a queda nos preços das commodities e o enfraquecimento do dólar estejam aliviando a pressão sobre os alimentos e os bens industriais, fatores domésticos, como o mercado de trabalho bastante aquecido e a nossa projeção de um câmbio mais depreciado, devem continuar pesando sobre a inflação”. “Nossa expectativa é de que o IPCA termine 2025 em 5% e chegue a 5,2% ao fim de 2026”, projeta.

Sobre os juros, Moreno afirma que os números do IPCA “não alteram nossa projeção de que o Copom deve manter os juros estáveis em 15% até o fim de 2025”. “No entanto, considerando a possibilidade de mais cortes de juros no exterior, acreditamos que pode haver espaço para flexibilização no primeiro trimestre do ano que vem. Nossa expectativa é de que o ciclo de cortes da Selic comece em março, com a taxa de juros terminando 2026 em 13%”, diz a economista.

Pablo Spyer, conselheiro da Ancord, avalia que o resultado do IPCA de setembro “confirma o que o mercado já antecipava: uma aceleração pontual da inflação, puxada principalmente pelo fim do bônus de Itaipu, que elevou as tarifas de energia elétrica, e pela descompressão dos preços de alimentos e automóveis”.

“Apesar da alta, o avanço veio levemente menor do que o esperado e é importante destacar que os núcleos de inflação seguem bem comportados, o que reforça a leitura de que as pressões atuais são temporárias. A expectativa é de desaceleração já em outubro, com a redução da bandeira tarifária de energia e a acomodação de preços administrados”, projeta Spyer.

Segundo ele, o dado de setembro “não altera o quadro de inflação sob controle e a trajetória de convergência em direção à meta”. “O Banco Central deve manter a postura de cautela na política monetária, avaliando o comportamento dos preços de serviços e dos bens industriais ao longo do último trimestre”, opina.

Na avaliação de Igor Cadilhac, economista do PicPay, “o resultado foi melhor do que o esperado: todos os principais indicadores de inflação subjacente vieram abaixo das estimativas”. “Esse desempenho coloca uma assimetria baixista para o IPCA deste ano, com uma chance marginal de encerrar 2025 dentro da banda da meta. Ainda assim, sob a ótica da política monetária, reforçamos a necessidade de manter a taxa Selic em 15% pelo menos até 2026”, defende.

“Por ora, avaliamos que o balanço de riscos se apresenta menos incerto e mais benigno, com destaque positivo para o comportamento do câmbio. Apesar disso, o cenário segue significativamente pressionado. Continuamos atentos às pressões altistas decorrentes da possível desancoragem das expectativas, da manutenção de um hiato do produto positivo e do risco de depreciação do real diante de uma eventual deterioração do quadro fiscal e/ou geopolítico”, explica Cadilhac.

O economista Maykon Douglas, por sua vez, observa que “o IPCA surpreendeu para baixo e mostrou uma desaceleração nos preços dos serviços subjacentes”. “No entanto, essa dinâmica no núcleo de serviços refletiu fatores temporários vistos no IPCA-15, como seguros de veículos e cinemas. O núcleo de inflação segue rodando pouco acima de 5,0% no acumulado em doze meses, fora da meta”, pondera.

“Seguimos com o cenário de desinflação lenta, sobretudo na porção subjacente. Isso mantém o Copom com postura cautelosa, segurando o corte de juros para o primeiro trimestre de 2026, até que as expectativas longas de inflação mostrem uma queda sustentada e o mercado de trabalho comece a se moderar de fato”, conclui.

/Metrópoles

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