O trabalho de fiscalização dos vereadores, bem como a recepção das demandas da população sobre os serviços da empresa BRK nos bairros de Maceió voltou a ser tema de cobranças durante a sessão desta quarta-feira (15). Os parlamentares estão cada vez mais convictos de que medidas judiciais precisam ser tomadas contra a concessionária.
O primeiro a tratar do assunto foi o vereador Jônatas Omena. O vereador citou que os empresários e moradores da Rua Cabo Reis, na Ponta Grossa, estão no prejuízo, devido às obras que interditaram a região. Segundo o parlamentar, a BRK o informou que os trabalhos serão finalizados somente em 22 de novembro.
Já o vereador Rui Palmeira disse que se reuniu com a Defensoria Pública do Estado de Alagoas e apresentou um relatório sobre a “má prestação de serviços” que está acontecendo no bairro da Santa Lúcia, na parte alta de Maceió. Palmeira revelou que os moradores estão recebendo da BRK os boletos referentes às taxas de esgoto, porém, o serviço de saneamento básico na região não existe.
“Protocolamos documentos na Defensoria Pública para que o órgão entre com uma Ação Civil Pública contra a BRK para suspender essa cobrança da taxa de esgoto, e que os valores pagos pelos contribuintes sejam devolvidos, já que não existe saneamento básico na região, e até o esgoto está voltando para as casas dos moradores”, argumentou Rui.
Para o vereador Allan Pierre, os parlamentares estão contribuindo para que a BRK seja penalizada devido “ao péssimo serviço”, no entanto é preciso mais vigor e agir com demandas judiciais contra a concessionária.
O presidente da Câmara, Chico Filho, reiterou que a empresa BRK tem cometido absurdos em Maceió. “Cobrar da população por um serviço que não está sendo efetivado é inadmissível”, complementou.
O vereador Galba Netto foi taxativo ao defender que a Procuradoria do Município de Maceió seja oficiada pela Câmara Municipal para buscar meios de quebrar o contrato existente com a BRK.
“A BRK precisa ser provocada pela Procuradoria do Município para quebrar esse contrato. Ora, o serviço não está sendo prestado, a população está sendo prejudicada, e a empresa continua operando em Maceió. A Câmara precisa oficiar o Município para analisar a quebra desse contrato, e implantar um Serviço de Abastecimento de Água [SAE], como é feito em diversos municípios”, defende.
Outro vereador que levou ao plenário reclames sobre a BRK foi Neto Andrade. Ele diz que a concessionária chega a resolver os problemas de vazamentos no bairro do Poço, no entanto, não tapa os buracos nas ruas e avenidas.
“Quem fica no prejuízo é a população e a Prefeitura de Maceió que precisa tapar os buracos abertos pela BRK. A empresa esburaca as ruas, fecha vazamentos, mas deixa as regiões esburacadas”, diz o parlamentar.
/Dicom CMM