O presidente Lula comentou nesta quarta-feira (29) a megaoperação policial realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, entre suspeitos e policiais. Em suas redes sociais, o chefe de governo afirmou que o país precisa de uma atuação articulada contra o crime organizado, e criticou ações que coloquem vidas inocentes em risco.
“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”, declarou o presidente.
Lula citou a Operação Carbono Oculto, que mirou bancos e fundos de investimento suspeitos de envolvimento em lavagem de dinheiro de facções, como um exemplo de ação bem sucedida e sem violência contra o tráfico de drogas. “Foi exatamente o que fizemos em agosto na maior operação contra o crime organizado da história do país, que chegou ao coração financeiro de uma grande quadrilha envolvida em venda de drogas, adulteração de combustível e lavagem de dinheiro”.
O presidente reforçou a necessidade de aprovação da PEC da Segurança Pública, que integra as operações dos três níveis da federação contra o crime organizado, e confirmou a ordem de envio do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos, ao Rio de Janeiro para acompanhamento in loco da crise local.
A fala ocorre em meio a críticas do governador do Rio, Cláudio Castro, que afirmou que o governo federal teria se recusado a colaborar com ações estaduais contra o tráfico. O Ministério da Justiça nega que tenha recebido solicitações desse tipo.
Confira a declaração do presidente Lula:
















