Por Redação
A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aprovou a criação de cotas para pessoas transexuais nos cursos de graduação. Votada em reunião on-line na terça-feira (4), a medida prevê a reserva de vagas a partir de 2026. A decisão gerou críticas de políticos alagoanos, que ameaçam acionar a Justiça contra o projeto e o que chamam de “ideologia de gênero” na instituição.
O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) e seu filho, o vereador Caio Bebeto (PL), publicaram vídeos nas redes sociais classificando a decisão como “absurda”. “Vejam só o absurdo que está acontecendo aqui em Alagoas: cotas trans aprovadas na Ufal. A universidade vai transicionar”, afirmou Caio.
Já o deputado, que definiu a medida como ideológica, disse que cotas para pessoas trans representam uma vergonha para o Estado. “Mais uma vez, a Ufal torna público um ato seu que traz vergonha para o alagoano. Se vocês acharem que já viram de tudo vindo da esquerda, tenham calma. Nada como um dia após o outro”, declarou.
Cabo Bebeto também afirmou que irá acionar a Justiça para revogar a decisão. “Estou vendo com o jurídico a medida a ser tomada, porque, se a gente puder atacar em nome dos alagoanos de gênero, os que estudam e se esforçam para passar no vestibular, que não é fácil, eu vou representar, vou acionar a Justiça no que couber”, completou.
Para o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, a proposta institui uma política de ações afirmativas para candidatos trans no ingresso ao ensino superior e representa um avanço na história da universidade. “Eu acho que a gente vai dar um salto ímpar na história da Universidade. Muito obrigado pelo carinho de todos vocês com essa pauta”, disse após a votação.














