Redação
Quatro senadores aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estiveram no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, nesta segunda-feira (17), em uma visita que chamaram de técnica. O grupo buscou avaliar as condições do local onde Bolsonaro pode cumprir pena em regime fechado, caso seja condenado. A iniciativa ocorre em meio às discussões sobre o futuro jurídico do ex-presidente e reacende o debate político em torno do caso.
A comitiva foi formada pela senadora Damares Alves, que preside a Comissão de Direitos Humanos do Senado, e pelos senadores Izalci, Márcio Bittar e Eduardo Girão. Eles afirmaram ter ido ao presídio para entender como seria o atendimento ao ex-presidente em caso de emergência médica, incluindo o tempo de deslocamento até a unidade de saúde do complexo e o acesso ao suporte de agentes penitenciários.
Durante a visita, Damares relatou ter visto situações que classificou como delicadas. “Nós estivemos na ala dos idosos, encontramos idosos com 85 anos, idosos doentes, nós encontramos cenas muito tristes”, afirmou a senadora em um vídeo publicado pelo senador Márcio Bittar nas redes sociais. O grupo disse que vai elaborar um relatório com as impressões do encontro.
Apesar da autorização concedida para entrar na Papuda, o Governo do Distrito Federal não permitiu que os parlamentares conhecessem as celas que poderiam receber o ex-presidente. A decisão dependia de autorização do ministro Alexandre de Moraes, que não liberou a visita às áreas restritas. Para os senadores, a negativa faz parte do que chamaram de “perseguição política” à direita.
O relatório prometido pelo grupo deve reunir os pontos observados durante a inspeção, especialmente relacionados à saúde de presos idosos e às condições gerais da unidade. A visita reforça a movimentação de parlamentares aliados em torno do caso, que segue em destaque na agenda política nacional.















