Redação
Alagoas contabilizou 415 casos de intoxicação a substâncias químicas entre janeiro e outubro de 2025, segundo dados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O número, de acordo com a coordenadora-geral do órgão, Beatriz Santana, mantém a tendência de crescimento registrada nos últimos anos e acende um alerta para a prevenção e o cuidado imediato em situações de risco.
Os atendimentos envolvem diferentes cenários: ingestão acidental ou intencional de medicamentos, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, uso inadequado de produtos de limpeza, como água sanitária, e envenenamento por substâncias ilegais, entre elas o raticida conhecido como chumbinho.
Beatriz reforça que a rapidez no socorro é determinante para salvar vidas. “Qualquer suspeita de envenenamento exige ação imediata. A pessoa deve ser levada o mais rápido possível para uma unidade de saúde, como uma UPA ou o Hospital Geral do Estado. Nunca se deve oferecer nada para beber, nem mesmo água”, orienta.
Entre os principais sinais de intoxicação estão salivação intensa, lacrimejamento excessivo, dor forte na região da boca do estômago e dificuldade para engolir ou respirar. Diante desses sintomas, a recomendação é acionar o Samu pelo telefone 192. Um médico de plantão fornece as primeiras instruções enquanto a equipe se desloca ao local.
Além da urgência clínica, a coordenadora destaca que parte desses episódios está relacionada a questões emocionais, o que torna fundamental a atenção à saúde mental. Ela lembra que a prevenção passa também por atividades de convivência social, lazer, prática esportiva e acompanhamento profissional.
Beatriz pede que familiares e amigos observem mudanças bruscas de comportamento, especialmente sinais de depressão. “Acolher e buscar ajuda é essencial. O silêncio pode ser quebrado com empatia”, afirma.















