Redação
O deputado Arthur Lira (PP-AL), apontado por Glauber Braga como principal articulador do processo de cassação de seu mandato, não esteve presente na sessão da Câmara dos Deputados que votou, na quarta-feira (10), a punição ao parlamentar.
Na pauta do plenário estava o processo que aponta quebra de decoro parlamentar por parte de Glauber Braga (PSOL-RJ), em decorrência de um episódio em abril de 2024, no qual o deputado teria expulso um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) das dependências da Casa com empurrões e chutes.
Glauber Braga vinha sendo acusado formalmente pelo Partido Novo e teve parecer favorável à cassação aprovado no Conselho de Ética no início de 2025.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautou a votação em plenário após a tramitação do processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Antes da votação em plenário, Glauber Braga apresentou recurso à CCJ contra o parecer do Conselho de Ética, no qual alegou cerceamento da defesa e citou “perseguição” por parte de Arthur Lira, ex-presidente da Câmara, na condução do processo.
Segundo a defesa do deputado, o relator do caso na Comissão de Ética, o deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), “indeferiu a oitiva de quatro testemunhas que ajudariam a comprovar exatamente as provas relativas ao modus operandi do MBL e seus membros e à perseguição e atos de Arthur Lira” contra Glauber.
No entanto, na sessão desta quarta-feira, a Câmara decidiu não cassar o mandato de Glauber Braga. Em vez disso, aprovou sua suspensão por seis meses por quebra de decoro, com 318 votos a favor e 141 contra.















