Ex-funcionários das Usinas Trialcool e Vale do Paranaíba, localizadas em Capinópolis, MG,e pertencentes à Laginha Agroindustrial (Grupo João Lyra), estão apreensivos com o fato de as unidades irem a leilão judicial em novembro e contar, até o momento, com apenas uma proposta apresentada para compra. A preocupação aumenta, porque, segundo eles, o valor oferecido pelo interessado (Usina Cambuí) corresponde a apenas 19% do valor real de mercado.
De acordo com os ex-funcionários, que pediram para não serem identificados, a falta de propostas para a aquisição das usinas do Grupo João Lyra em Minas Gerais, deve-se a quase inexistente divulgação da realização do leilão. “É preciso divulgar que acontecerá o leilão e também sobre o potencial das usinas.”
A Vale do Paranaíba, que entrou em atividade na primeira década dos anos 2000, foi considerada como uma das unidades sucroenergéticas mais modernas do país, já moeu 1,7 milhão de toneladas de cana, conta com tecnologia para a produção de etanol e açúcar, tendo inclusive refinaria. Sua área própria é de 3.228,8775 hectarese área agricultável de 1.744,50 hectares.
A Triálcool é destinada à fabricação de açúcar e álcool, conta com grande área irrigada por meio do aproveitamento da água utilizada no processo industrial e pela energia elétrica gerada pela própria usina, distribuída por uma rede com mais de 150km de linhas de alta tensão. Possui áreas rurais próprias escrituradas de 8.197,95 hectares e área agricultável de 4.364,10 hectares. A capacidade da unidade industrial é de 1,8 milhão de toneladas por safra.
A decisão da venda por leilão aconteceu durante audiência no Fórum de Coruripe, Alagoas, no dia 28 de abril de 2017, após o não recebimento de propostas de empresas interessadas pela compra das usinas de Minas Gerais.O Grupo João Lyra, que contava com cinco unidades sucroenergéticas, três em Alagoas e duas em Minas Gerais, pediu recuperação judicial em 2008, e em 2012 teve a falência decretada.
Fonte: CanaOnline