Clayton Conservani alcançou mais um feito na carreira de repórter e montanhista ao conquistar o ponto mais alto da Europa. Ao lado do cinegrafista Ulisses Mendes, do piloto de drone Lucas Munhoz, do montanhista Pepe Jijón e um guia, a equipe brasileira encarou temperaturas médias de 20 graus negativos, além de ventos fortes e uma caminhada pela neve fofa até o topo do monte Elbrus, localizado em território russo à 5.642 metros de altitude. Na bagagem, além de muitos equipamentos, Clayton também levou uma camisa da seleção brasileira autografada pelos jogadores em uma mensagem de força e perseverança à equipe que busca o hexacampeonato na Copa do Mundo da Rússia.
– A camisa significa um sonho compartilhado. Não é um sonho só meu, é um sonho de todos os jogadores que assinaram essa camisa. Ela tinha um pedacinho de cada jogador, tinha um pouco da alma deles, um pouquinho do espirito de cada um deles simbolizado naquelas assinaturas. Então, a cada passo que eu dei, que nossa equipe deu, a cada dia de escalada que nós tivemos, foi um pouco da jornada que a seleção vai ter. Então, nós comemoramos muito cada metro, cada dia. Cada passo que nós demos na montanha foi muito comemorado e assim também vai ser a jornada da seleção brasileira. Cada passe certo, cada gol, cada vitória vai ser muito comemorada por todos eles. Tenho a convicção de que a felicidade não é só quando você chega lá no topo da montanha a felicidade foi a cada passo, a cada dia, a cada metro. E da mesma forma vai ser a nossa seleção, a felicidade deles vai ser cada passe, cada jogada que der certo, cada gol, cada vitória nessa escala rumo ao topo da Rússia. E, eu mandei uma mensagem para eles lá em cima que a montanha disse não, não, não. Durante noves dias a montanha disse não para a gente e nós nunca desistimos. Então, em alguns momentos na Copa do Mundo, vão aparecer alguns nãos, alguns obstáculos. Mas tenho certeza que eles vão conseguir driblar essas dificuldades da mesma forma que nós conseguimos driblar as dificuldades da montanha – explicou Clayton Conservani.
Equipe brasileira encarou frio e ar rarefeito durante a expedição (Foto: Divulgação) Equipe brasileira encarou frio e ar rarefeito durante a expedição (Foto: Divulgação)
Equipe brasileira encarou frio e ar rarefeito durante a expedição (Foto: Divulgação)
Ao todo foram nove dias de expedição entre a aclimatação e o ataque ao cume, realizado com sucesso no dia 15 de maio. E, apesar de terem começado a caminhada final com o tempo encoberto, as condições climáticas foram melhorando e o sol brilhava no momento da chegada ao topo da Rússia. Melhor para a equipe que já sofria com o desgaste causados pelas condições extremas do clima e da altitude. A matéria completa vai ao ar no Esporte Espetacular, pouco antes do início do mundial da Rússia.
– O frio junto com a altitude e o ar rarefeito mexem com a nossa mente. Nos deixa muito confusos – afirmou o repórter cinematográfico Ulisses Mendes.
GE