O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito aberto para investigar políticos do PP pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
A decisão de Fachin é da última terça-feira (11) e entrou no sistema do STF nesta quinta (13).
O inquérito apura repasses do Grupo Empresarial Queiroz Galvão a deputados e a senadores do Partido.
Entenda
De acordo com as investigações, os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Arthur Lira (PP-AL) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) teriam recebido em 2011 R$ 1,6 milhão por um suposto contrato fictício.
Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), eles teriam ordenado a captação e o repasse de propina oriunda de contratos firmados por empreiteiras com a Petrobras de 2011 a 2012. Todos os políticos negam.
Segundo o operador Alberto Youssef, delator da Lava Jato, a propina era creditada no caixa de propina, cujo fluxo de saída dependia de um mecanismo de lavagem de dinheiro. Youssef é apontado como gerenciador deste saldo em nome do partido.
Decisão de Fachin
Ao estender o prazo do inquérito, Fachin atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF). A Procuradoria Geral da República (PGR) também se manifestou a favor da prorrogação.
Para o ministro, relator do caso, há elementos que justifiquem a continuidade das apurações.
G1