Barbra Streisand critica o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na música “Don’t lie to me” (“Não minta para mim”), que está em um novo álbum com tom político que será lançado em 2 de novembro.
Em entrevista à revista “Bilboard”, Streisand explicou que a música foi uma homenagem ao “mentiroso e encoxador-em-chefe”, como ela apelidou o presidente americano.
“Como você mente se todos nós perdemos? Você muda os fatos para justificar? (…) Como você dorme enquanto o mundo está pegando fogo? Não minta para mim”, diz a letra da música.
Trump não é citado pela cantora, mas há indicações claras de que a música é uma crítica ao presidente americano, incluindo o trecho em que faz uma referência à atividade empresarial antes de assumir o poder: “Você pode construir torres de bronze e ouro”.
Streisand afirmou que os últimos anos a deram “energia suficiente” para inspirar o “Walls”, o primeiro álbum composto de músicas originais que ela lança desde 2005.
A cantora sugeriu que os Estados Unidos devem modificar o sistema eleitoral para que o presidente seja escolhido apenas pelo voto popular, e não por um colégio de delegados, como ocorre atualmente.
“Simplesmente fiquei triste. Tinha que escrever essa música”, afirmou a cantora, de 76 anos, sobre o single, de conteúdo político.
O álbum seria inicialmente chamado de “What’s on my mind” (“O que tenho em mente”), música que abre o novo disco da cantora.
“Minha última turnê acabou perto da última eleição presidencial e eu precisava gravar outro álbum. À medida que o ano passava, comecei a pensar mais em gravar um disco que refletisse o que ocorria no país, porque era o que eu tinha na mente”, disse a cantora.
“Walls”, que começará a ser vendido nos EUA no dia 2 de novembro, fala sobre os muros da sociedade e sobre “esta presidência que obstrui a Justiça”. No entanto, segundo ela, o disco também é positivo porque traz luz e esperança para o futuro.
Um exemplo é uma versão de “Imagine”, dos Beatles, misturada com “What a Wonderful World”, de Louis Armstrong. Ela teve a aprovação de Yoko Ono, viúva de John Lennon.
EFE