Da Redação
O desembargador Tutmés Airan de Albuquerque Melo foi eleito novo presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas para o biênio 2019/2020. A sessão do Pleno ocorreu terça, 11/12, após renúncia do desembargador Alcides Gusmão da Silva no dia anterior.
Gusmão foi eleito em julho deste ano e até então caminhava para exercer a presidência do TJ nos próximos dois anos. No entanto, segunda, 10/12, oficializou sua renúncia ao cargo “de modo irrevogável” em documento encaminhado ao atual presidente, Otávio Leão Praxedes.
Logo após a renúncia ser oficializada, os desembargadores se reuniram no gabinete da Presidência e acordaram que o desembargador Tutmés Airan, integrante da 1ª Câmara Cível do TJ/AL, seria o novo presidente da Corte de Justiça através de votação em sessão do Pleno, ocorrida na última terça-feira.
O Pleno também elegeu os desembargadores Sebastião Costa Filho e Fernando Tourinho, para vice-presidência e corregedoria geral, respectivamente.
Novo presidente
Tutmés ingressou no Tribunal de Justiça de Alagoas em 2009, na vaga do Quinto Constitucional destinada à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Mestre em Direito, é professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e cultiva relações históricas com movimentos sociais, servidores públicos e diversos segmentos da sociedade civil organizada.
Após eleito disse que fará uma gestão transparente e próxima da sociedade. “Tenho um propósito muito definido, que é aproximar o Poder Judiciário da população. Esse é o compromisso central, que vou perseguir durante os próximos dois anos com muita determinação e afinco”, destacou Airan.
Fato é que o novo mandatário enfrentará diversos desafios, dentre eles, cortar privilégios do alto escalão e implantar direitos dos servidores que há muito são negados pelo TJ/AL.
Carta de renúncia
De acordo com a carta, o desembargador Alcides agiu “compelido pela incompatibilidade absoluta entre os encargos da Presidência e as necessidades inadiáveis de prestar auxílio, de toda ordem, a seus pais, ambos idosos e fragilizados pelas doenças próprias de sua condição”.
Gusmão ratificou que “pretendeu conciliar umas e outras funções, no afã de corresponder à confiança que os senhores desembargadores lhe devotaram, mas ao fim e ao cabo entendeu que a
conciliação não era possível sem sacrificar, ou o amor que devota aos pais, ou a qualidade que a administração do Tribunal exige”.
Desembargador Praxedes
“Fiz todos os esforços para que Alcides permanecesse na Presidência, pois possui todas as condições necessárias, tendo trajetória brilhante na instituição. Assim, temos que compreender a questão familiar. Alcides tem todo o nosso apoio, neste momento”, comentou o presidente Otávio Praxedes.
De acordo com o presidente, será mantida a lista de antiguidade permitindo a Alcides assumir o comando do TJ em 2021. “Alcides já concordou em assumir o TJ depois da gestão do desembargador Tutmés”, ressaltou Otávio Praxedes.
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