Sistema: conjunto das instituições econômicas, morais, políticas de uma sociedade, a que os indivíduos se subordinam. Pois é, ir de encontro a ele, ao “sistema”, não agrada a quem esteve durante mais de uma década usufruindo das benesses do erário.
Ao tomar posse como presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal), há mais de um ano, Lailson Gomes, fez uma verdadeira “limpa” e colocou um ponto final em uma série de irregularidades.
Entre as principais imoralidades detectadas e sanadas foi o encerramento do contrato com a Cooperativa Mista de Prestação de Serviços Ltda (Multicoop), que há 14 anos era a terceirizada que emprega centenas de funcionários da Agência, mas funcionava de forma precária. Não havia pagamento dos encargos sociais, décimo terceiro salário e férias, um verdadeiro desrespeito ao trabalhador.
Com a saída de cada trabalhador, no passado, a Arsal arcava com os prejuízos, o que lesava os cofres públicos. Com Lailson no comando da Arsal a empresa Conexão, que hoje é situada no bairro do Farol, e não em Coqueiro Seco, como já foi noticiado, foi contratada de forma emergencial para que autarquia não ficasse sem funcionários, ou seja, sem funcionar.
A quebra do contrato deixou indignado pessoas da inciativa privada e do setor público, “misteriosamente”. Os trabalhadores passaram a ter suas carteiras assinadas, seus décimos terceiros salários e demais direitos trabalhistas resguardados.
O salto quantitativo entre os contratos da Multicoop e da Conexão são causados pelos encargos sociais. Como foi apresentado e explicado pelo presidente Lailson Gomes ao promotor Sidrack José do Nascimento.
Vale ressaltar que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi assinado para que Arsal licite e contrate uma nova empresa para prestação de serviços e as atividades da Agência sigam em seu curso natural. A Folha apurou que até abril o novo contrato estará vigente.
De primeira
Um dossiê está sendo montado pelo presidente da Arsal para apontar ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado como a autarquia estava antes de sua gestão e posteriormente. “Aqui não há regalia para ninguém, todos são tratados de forma justa e isonômica. Não há chance para empresário picareta meter a mão na coisa pública e isso deixa muita gente frustrado”, contou Lailson.
A empresa Conexão que foi acusada pela Multicoop de anomalias administrativas também presta serviço para vários setores do governo do Estado, como: Cepal, Imetro e Seplag. “Será que a Conexão foi contratada errada apenas na Arsal?”, questionou Lailson.
O presidente da Arsal fez questão de salientar que todas as movimentações contratuais passaram pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). “Estamos respaldados no campo da legalidade e prontos para responder qualquer questionamento “, frisou.
Olho grande
O segundo mandato de Renan Filho deixou muitos aliados eufóricos, principalmente os derrotados, que estão usando o expediente da fofoca e outras maledicências para tentar almejar algum lugar ao sol.
O governador sabe a intenção de cada um e como as “notícias” são plantadas para tentar fragilizar um seguimento que vai bem. Não sabe o derrotado que o fogo amigo está queimando a gestão e a si mesmo. Sua voracidade para emplacar um espaço no Governo começa a ser constrangedora.
O “sistema” que ele usou para tentar aniquilar muitos, como já fez por onde passou, agora joga contra ele.
Alinhamento
A reportagem da Folha de Alagoas apurou que o parceria política entre o ex-governador Ronaldo Lessa e Renan Filho segue afinada. Ao contrário disso é conversa dos agitados corredores do Palácio República dos Palmares.
2020 está logo ali, ano de eleição municipal, e o capital político de Lessa segue com prestígio capital alagoana.