Criada em 2001 no Festival de Inverno de Campos de Jordão, no estado de São Paulo, a Orquestra Jovem Tom Jobim levou cinco anos para lançar o primeiro álbum. Dedicado ao cancioneiro soberano do patrono póstumo da orquestra paulista, Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), esse disco de 2006 foi gravado quando os músicos ainda tocavam sob a regência e a batuta do compositor e arranjador Roberto Sion.
Após Sion deixar o cargo de primeiro regente da orquestra em 2014, Nelson Ayres e Tiago Costa assumiram a função em 2015, também passando a integrar o conselho artístico da orquestra. É sob a batuta de ambos que os músicos gravaram em setembro de 2017, em estúdio da cidade de São Paulo (SP), o segundo álbum, Orquestra Jovem Tom Jobim visita Moacir Santos, promovido com shows neste mês de março de 2019.
Como já explicita o título do disco, lançado em CD em tiragem especial sem edição comercial, a orquestra aborda o repertório do compositor, maestro e multi-instrumentista pernambucano Moacir Santos (1926 – 2006) com novos arranjos, criados por Nailor Proveta, Carlos Larfelice e pelos próprios maestros regentes Nelson Ayres e Tiago Costa.
Temas como Coisa nº 1 (Moacir Santos e Clovis Mello, 1963), April child (Moacir Santos, Jay Livingston e Raymond Evans, 1972), Amphibious (1974) e Kathy (1974) ressurgem em outros tons em arranjos elaborados para o disco com respeito aos temas originais de Santos.
O trompetista Daniel D’Alcântara e o saxofonista Ted Nash (músico e professor norte-americano da Juilliard School, de Nova York) são os solistas convidados do álbum Orquestra Jovem Tom Jobim visita Moacir Santos.
*Mauro Ferreira/Blog/G1