As ações do Programa Escola 10 não param. Com o intuito de melhorar a aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática de estudantes das redes públicas estadual e municipais, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) distribuiu, este mês, mais 153 mil exemplares de cadernos de atividades para alunos destas duas redes.
O material contém questões que ajudam no desenvolvimento do aprendizado, possibilitam uma melhor associação do conteúdo e auxiliam na preparação para a prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que será realizada em outubro deste ano.
Os cadernos especiais foram entregues para turmas dos 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio. No primeiro semestre, a Seduc já havia distribuído 193 mil exemplares destes cadernos para estudantes dos 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio, além de nove mil livros para os professores da rede pública de ensino. Os livros são utilizados em oficinas e têm como foco complementar o que foi aprendido em sala de aula.
Essa é mais uma ação do Escola 10, que visa melhorar a qualidade do ensino público alagoano e combater a evasão, o abandono e a reprovação escolar por meio da união de forças entre Estado e Municípios.
Motivação – Na Escola Estadual Miran Marroquim, na comunidade das Piabas, no Jacintinho, as turmas de 9º ano do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio já receberam as apostilas. Os alunos elogiaram a qualidade do material e demonstraram motivação para melhorar os índices da escola, que, na última edição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) ficaram entre os melhores posicionados no âmbito da 1ª Gerência Regional de Educação (Gere).
É o caso de Larissa Giselle dos Santos, do 9º ano, e Jaelson da Silva Souza, da 3ª série do ensino médio. “As apostilas são muito boas e os textos são ótimos, estamos aprendendo bastante. Vamos elevar ainda mais o IDEB da Miran”, promete Larissa. “Para nós, que estamos concluindo o ensino médio, a prova do SAEB é um desafio que encaramos como um enriquecimento pessoal. Aqui, temos um ensino de qualidade e queremos que a escola tenha a melhor nota possível”, afirma Jaelson.
O diretor Tony Correia conta que as apostilas também são de grande utilidade nas oficinas que as escolas estaduais promovem aos sábados. “As oficinas estão a todo vapor, com dinâmicas que tornam os conteúdos mais atraentes para os alunos e que reforçam os conteúdos aprendidos durante a semana”, revela Tony.
Já a articuladora de ensino Maria Bruna Oliveira diz que os trabalhos de melhoria da proficiência em Língua Portuguesa e Matemática vêm acompanhados de uma intensa busca pela correção de fluxo ou distorção idade/série – ação cujo objetivo é fazer com que o aluno curse a série adequada à sua idade.
“Em 2015, nosso fluxo era de 0.65. Em 2017 conseguimos corrigir para 0.98. Para este ano, a média é de 0.99 e, hoje, quase não temos evasão em nossa escola. Isso foi possível graças à visita à casa de alunos que haviam evadido, parcerias com órgãos como Conselho Tutelar e Seprev e projetos que fazem com que o aluno se sinta acolhido”, enumera.
Mobilização – Lidiana Costa era diretora do Miran Marroquim quando a unidade de ensino conquistou um dos melhores IDEBs da rede estadual em 2017, com 4.2 nos anos finais do ensino fundamental. A nota a levou a concorrer ao processo seletivo de gerente regional e, consequentemente, ser escolhida como titular da 1ª Gere para o biênio 2019-2020.
Ela calcula que, ao todo, mais de 12 mil apostilas foram distribuídas entre as 52 escolas ligadas à regional. “Estamos fazendo um trabalho de acompanhamento pedagógico não só junto às nossas escolas, mas também fazendo reuniões com os articuladores das redes municipais de Maceió, Marechal Deodoro e Paripueira. As unidades estão fazendo simulados, gincanas, enfim, diversas ações. Todas estão bastante motivadas para melhorar seus índices”, relata.
Os cadernos especiais foram entregues para turmas dos 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio (Thiago Henrique)
Escola 10 – O Escola 10 foi lançado em 2017 como uma proposta de articulação com os municípios para a melhoria da qualidade da educação em Alagoas. Dentre as principais estratégias estão o acompanhamento pedagógico de todas as escolas públicas municipais e estaduais, com a realização da Prova Alagoas com diagnóstico, fornecimento de material didático complementar, além de a designação de três mil articuladores de ensino para atuar em todas as escolas, e ainda formações para articuladores, secretários municipais de educação e para os gestores das escolas da rede estadual.
O programa se tornou Lei em novembro de 2018 após ser sancionado pelo então governador em exercício Luciano Barbosa, como política permanente de garantia de direitos de aprendizagem dos estudantes das redes públicas municipais e estadual em Alagoas.
Assessoria